O
motivo da inércia de nossas FFAA em relação ao que acontece na política
brasileira, com os constantes "saques" dos tributos e absolvição de políticos
corruptos como se fossem "salvadores" da Pátria.
O Sacrifício de Andrômeda
O artigo Gado Fardado tem sido interpretado por alguns como sendo a prova de que nossas Forças Armadas estão acovardadas e que os comandantes militares perderam sua coragem. O post é passível desta interpretação, mas não é exatamente a mais correta. O texto não é uma afirmação, mas uma análise de como o silêncio pode ser visto como falta de pulso, de coragem. Afinal, fica por demais complicado de se entender porque nossos chefes se calam diante de tamanha falsificação da história brasileira que é diuturnamente incutida na cabeça de nossa juventude universitária, de onde sairão formadores de opinião e líderes de todos os setores. É claro que existem oficiais, subtenentes e sargentos marcados com a ideologia do partido. Mas estes compõem a minoria dos integrantes de nossas Forças Armadas. O problema é que o silêncio destas acaba por deixar margem para interpretações equivocadas. E é justamente isto o que está colocado naquele post.
O fato é que vivemos uma situação inusitada. A grande maioria da população é simpática aos militares e aos valores morais que eles defendem e representam. Acontece que a minoria é barulhenta e faz parecer justamente o contrário. Estes estão no poder hoje (tanto político quanto cultural) e nos fazem crer que sua ideologia revolucionária e amoral é a vontade de toda a população o que, de fato, não é verdade. A imensa vantagem da esquerda sobre as forças conservadoras (ou de direita) é que aquela é infinitamente mais bem organizada e articulada do que estas, mesmo sendo a minoria do pensamento de todo povo brasileiro.
Neste contexto, os militares também estão inseridos. A eles cabe a guarda das instituições e não das pessoas que as representam. A eles cabe manter a ordem de todo o Estado Brasileiro. A eles cabe garantir que, mesmo cercados por antigos desafetos, a segurança interna e as garantias individuais sejam respeitadas. O movimento de 31 de março de 1964 não foi articulado pelos militares. Não saíram dos quartéis pura e simplesmente para acabar com a ameaça comunista. Eles atenderam o clamor popular da época pelo fim de atos de violência praticados pelo PCB e, especialmente, pela ameaça à propriedade privada sinalizada pelas reformas de João Goulart. Por trás de cada homem fardado estava (assim como hoje está) a vontade popular, a defesa do Brasil como Nação livre que, por pouco, não se tornou mais uma república popular comunista com seus fuzilamentos, assassinatos e fome generalizada. Hoje pode parecer que os Comandantes militares, se acovardam diante do status quo. E foi justamente esta a essência do post "Gado Fardado": que, para quem enxerga de fora, nossos militares estão marcados e castrados, fruto do silêncio da instituição a respeito daqueles conturbados anos e da situação atual.
O problema é que a verdade precisa ser redescoberta pela população. É preciso que grupos de pessoas se reúnam, se organizem em busca dos fatos que ocorreram na nossa história recente. É preciso que se criem grupos de estudos conservadores que não tenham vergonha de sê-lo. Aqueles que possuem o conhecimento precisam difundi-lo e mostrar para nossa sociedade que ela não está sozinha, que por mais que a esquerda tente impor sua ideologia como sendo a vontade popular, a maioria conservadora brasileira estará atenta e organizada para, pelo voto, por artigos em jornais, produção cultural e partidos políticos devolver o país a seu verdadeiro caminho.
Enquanto isto não acontece, nossos militares permanecem em silêncio, mas certos de suas convicções. De nada adianta a caserna se revoltar e retomar o poder à força, pois, quando o fizer, estará perdendo a sua credibilidade. É preciso que a sociedade dita civil levante-se contra a doutrinação moral e ideológica que a envolve. Assim, os aparentes gados fardados nada mais são do que a representação do grande rebanho brasileiro. Enquanto a população não despertar do transe, os cidadãos fardados nada poderão fazer. Os sargentos, oficiais, chefes e comandantes militares, aparentemente acovardados, não se esqueceram dos valores que moldam nossa sociedade.Não se esqueceram dos horrores do comunismo, e estão a par do que acontece em nosso país. Entretanto, não podem simplesmente agir e quebrar a atual conjuntura. Defendem, como já disse, as instituições, não as pessoas que as representam.
Como a princesa Andrômeda fizera pelo seu povo, oferecendo a vida à Poseidon, sacrificam seus ideias em prol de algo maior que é a estabilidade da Nação. Resistem como rochas à toda sorte de críticas e provocações para manter viva a possibilidade de mudança sem derramamento de sangue.Mesmo amarrados por correntes invisíveis que restringem seus movimentos, os Comandantes militares jamais deixaram de acreditar naquilo que sempre defenderam, sem se preocupar se sua determinação, coragem e honra serão questionadas. Suas convicções não serão abaladas por isso; não podem abalar-se por isto. Precisam cumprir o seu juramento de defender a integridade e as instituições da Pátria mesmo que custe a sua vida ou sua reputação.Em algum tempo, a verdadeira história irá surgir. Em algum momento, pesquisadores sérios deixarão o mundo das ideias e partirão para a prática, organizando o difuso, porém, majoritário, pensamento conservador. Em alguma hora, a maioria da população irá se organizar para resgatar aquilo que mais de 20 anos de governos de esquerda subtraíram de seus direitos, de sua moral e de sua religião. E, pelo voto e pelo despertar da hipnose, os verdadeiros representantes da maioria irão ascender aos cargos mais altos do poder.
Quando este dia chegar, lá estarão os militares, prontos a legitimá-los e a defendê-los, como sempre fizeram. Tal como Andrômeda, o sacrifício não terá sido em vão.
COMENTÁRIO:
Os
Generais de hoje, foram formados no antigo regime e estão atentos aos
acontecimentos.
Sua missão é garantir os poderes
constitucionais, a lei e a ordem. Então, por que não agem contra os
acontecimentos? Estão impedidos por
dever Legal. A não ser que o clamor
público provoque uma ação, nada será feito. Nós, sociedade, contribuímos para o que
hoje se apresenta e só nós, sociedade, podemos reverter o atual quadro. O
momento é oportuno para o inicio do "CLAMOR PÚBLICO", os atos contra a corrupção
que aconteceram neste 7 de setembro. Assim, os militares estarão legitimados
pelo POVO para interceder no atual quadro. O
que não se pode fazer é lhes cobrar ação enquanto estas não estiverem
legitimadas pelos verdadeiros DONOS do Poder, O POVO
BRASILEIRO.
(Luiz
Gentil
- publicado em Reserva MAR, TERRA e
AR)
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