Essa aí é “La Pasionaria” do Facebook chileno. Pois é! É
a cara mais bela da desordem e do extremismo no Chile, a provar que as mesmas
idéias que contribuíram para que o país caminhasse para uma ditadura, há 38
anos, continuam de algum modo vivas. Seus partidários evidenciam que não
esqueceram nada nem aprenderam nada. Mas agora dispõem das redes
sociais!
Camila Vallejo é a presidente da Federação de Estudantes
da Universidade do Chile (Fech) e uma das líderes da chamada “revolta
estudantil”, que tem seduzido e comovido tantos jornalistas brasileiros. Como
toda esquerdista bonitinha, ela quer ser reconhecida por suas idéias, não pela
beleza. Seria diferente com as feias? Acho que não. Mas, ao menos, não se
criaria uma relação de oposição entre beleza e bom senso, hehe… O Brasil já teve
o enfant gâté do impeachment, Lindbergh Farias, hoje um dos
freqüentadores do Cafofo do Dirceu. Beleza é um bem transitório. Feiúra moral é
que não tem cura. Camila, vejam vocês, está em Brasília e falou com o repórter Gabriel Castro, da VEJA
Online.
Sabem quem a convidou para vir ao Brasil? Os pelegos da
UNE. Isso prova a honestidade intelectual de Camila e da UNE. Por quê? Os
estudantes chilenos pedem, como ela diz à VEJA Online, o fim do que chamam
“modelo neoliberal na educação”. Questão de honra para os valentes: eles só
admitem ensino público no Chile. E ponto final! Querem proibir o lucro na
educação — esse é um ponto inegociável de sua pauta. E que caminho escolheram
para reivindicar isso que consideram “um direito”? A ocupação das universidades
e escolas de ensino médio. Estão quase todas paradas há três meses. E, claro!,
manifestações violentas de rua.
Atenção! Uma coalizão liderada pelos socialistas governou
o país por mais de 20 anos. Sebastián Piñera é o primeiro presidente de
centro-direita eleito desde a redemocratização, em 1990. E a extrema-esquerda
chilena, que se finge “independente”, com tipos como Camila, deixa claro:
“Democracia, sim, desde que os nossos adversários jamais governem”. Atenção! A
economia chilena segue sendo a mesma do governo Bachelet; o modelo de educação
não mudou; os direitos sociais não sofreram qualquer alteração. Piñera faz, em
suma, um governo de continuidade.
Mas a bonitnha e sua turma — agora com a adesão dos
sindicatos — decidiram que é hora de mudar tudo. E é uma gente que negocia de um
modo curioso. Eles apresentam a pauta ao governo e se negam a sentar para
conversar. Consideram que a simples conversa já caracteriza uma rendição. Os
cretinos no Brasil estão encantados. Acham que o caminho é esse mesmo. Afinal,
se Piñera “é de direita”, então ele merece ser acossado por um bando de
fascistas que se auto-intitulam críticos do “neoliberalismo”. Como estupidez
pouca é bobagem, nos confrontos de rua, um policial — que já foi identificado —
disparou um tiro e matou um estudante. O chefe da polícia foi demitido. Para
gente como Camila, é pouco. Um só cadáver não derruba o governo. É preciso ter
mais.
O Partido Socialista do Chile acompanha tudo, com apoio
crítico. Oficialmente, os estudantes também são hostis ao governo anterior, mas
partiram pra porrada foi neste, certo? Imbecilóides no Brasil se encantam com o
que consideram um “movimento contra todos os partidos políticos”. Errado! É um
movimento contra “toda moderação”, como é típico dos fascistas.
A UNEOs pelegos da UNE, essa escória
que mama nas tetas do dinheiro público, convidou Camila para participar de um
ato público no Brasil. Tentam marcar uma audiência da moça com Dilma. Corre o
risco de acontecer. Lembrem-se que Lula, o Apedeuta, não foi à posse de Piñera,
o que deveria ter feito até como gesto de solidariedade. O Chile tinha acabado
de sofrer um terremoto devastador. O Babalorixá não é do tipo que se mete com
democratas como o presidente chileno. Ele gosta é de lixos morais como Hugo
Chávez. Adiante.
O protesto a favor — os pelegos da UNE só fazem protestos
a favor, à diferença da Musa do Extremismo —, em Brasília, com a participação da
moçoila, não chegou a reunir 4 mil pessoas. Os promotores falam em 20 mil… O ato
marcava — ai, ai… — o fim do “Agosto Verde-Amarelo” (alguém ouviu falar?), uma
jornada de mobilizações (que nunca aconteceram) que inclui a apresentação ao
governo de uma pauta com 43 reivindicações. Uuuuu!!!
Entre 2004 e 2009, o governo Lula deu à UNE mais de R$ 10
milhões. O congresso da entidade, em 2011, foi financiando com estupendos R$ 4
milhões das empresas estatais. O Planalto decidiu ainda repassar à turma R$ 44
milhões para a reconstrução da sua sede, que terá — atenção! — 13 andares. Como
a UNE não tem trabalho o bastante para lotar duas salas, vai acabar realizando a
sua verdadeira vocação: viver de aluguel.
Entre as 43 reivindicações apresentadas ao governo, não
está, por exemplo, o fim da corrupção ou da impunidade. O tiozinho do PC do B
que preside a entidade — já com os primeiros fios de cabelo branco —, um certo
Daniel Iliescu (deve ter saudade do comunismo romeno…), explica à VEJA por que
os valentes não atacam a corrupção nem pedem CPI. Não é que eles tenham sido
comprados, de jeito nenhum! Ele esclarece: “Mais do que a UNE ficar defendendo a CPI, o importante é
que o Brasil avance em soluções estruturantes, para cobrar dos políticos mais
honestidade”.
Ah, bom! Que borra isso quer dizer? Nada! É só
papo-furado de um sujeito que lidera uma aparelho que hoje arranca dinheiro dos
pobres para… sustentar o próprio aparelho.
Camila, a fascistóide, e Iliescu, o pelego, são também
dois picaretas. A moça resolveu botar fogo no Chile porque não aceita dinheiro
privado na educação — ou tudo é público ou cinzas! O modelo petista de ensino
universitário, via ProUne, promove uma transferência de recursos públicos para
mantenedoras privadas como nunca houve na história destepaiz, enquanto
o esgoto corre a céu aberto no campus de uma universidade federal de Garanhuns.
Tivesse o dinheiro sendo carreado para instituições de qualidade, vá lá. No mais
das vezes, as tais faculdades não passam de cabeças de porco disfarçadas de
escola. Os dois vigaristas fazem de conta que ignoram o que acontece no país ao
lado.
E por que estão juntos? Porque, de
fato, não é a pauta que os reúne, mas a solidariedade política
“latrino-americana”… Afinal, eles são dois fascistas de esquerda: um está no
poder, a outra ainda quer conquistar; uma tenta incendiar o país; o outro lidera
protestos a favor.
Por Reinaldo Azevedo
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