Aileda de Mattos
Oliveira*
Como mostram os filmes americanos, há sempre um grupo de
alunos revoltado, fortalecido pela vista grossa que lhe faz a direção da escola
e, por essa omissão, põe em prática o poder do mais forte sobre o pacífico
colega que ali está, apenas para cumprir a sua obrigação de aluno: estudar.
Este, educado, de família organizada, passa à condição de judas a ser malhado
toda vez que a gangue lhe corta os passos por inveja e por arrogância, já que se
apoia no trabalho da violência em equipe.
Alegoricamente, o Brasil faz o papel dessa vítima, não
por ser educado e ter a casa organizada, mas por ser untuosamente submisso e não
reconhecer no seu corpanzil o poder de impor as suas posições em relação à
gangue de países, ditos, desenvolvidos, sempre dispostos a lhe criar sanções e a
lhe ditar reprimendas, em conjunto. Além disso, dentro de suas próprias
fronteiras, fazem a mesma vista grossa os chamados Três Poderes. Tanta pompa no
título, tanta podridão no interior dessas
instituições!
Por isso, o ‘aluno’, embora fisicamente desenvolvido,
toma constantemente pancadas de onguinhas ordinárias que
sobrevivem da benemerência com o dinheiro alheio; bordoadas dos piratas da Corte
europeia; todos cobrando ao abobalhado gigante que mantenha seus mais de oito
milhões do “berço esplêndido” conservados para a oxigenação dos vulneráveis
pulmões da gringalhada de olho grande na sua biodiversidade.
E por ser “cordial” e de “natureza pacífica”, como
repetem os brasileiros mal-intencionados e de genética entreguista, seguem os
corruptos dirigentes desta emperrada nação, as pegadas da gangue, ao impedir o
crescimento do país em apologia aos ‘cientistas’, arautos do apocalipse, que já
determinaram ser o Brasil o provedor do mundo.
Seus adeptos são rápidos no gatilho. Aplaudem as
manobras colonizadoras e mandam mensagens por e-mails, pedindo assinatura
em listas de adesão à proibição da poda da mangueira no quintal ou da roseira
que ainda resta no jardim. Claro que o exagero nos exemplos é proporcional às
idiotices que enviam.
Índios típicos de novela, de arco e flecha, em
perseguição a seguranças de órgãos federais, ameaçando ônibus com lanças em
riste, mas pondo na tanga dez reais de cada foto com os tupiniquins cariocas,
idiotizados, neste tecnológico século XXI, como os franceses na época de
Caramuru-Paraguaçu.
Índios urbanos, entrando no vagão exclusivo das
mulheres, no metrô, causando rebuliço na cidade, congestionada pelo fechamento
de ruas, pois os chefetes de estados que aqui vieram fazer turismo à custa do
contribuinte brasileiro, não poderiam se atrasar para a farsa montada.
Se eles levassem as favelas de que tanto gostam de
visitar, se levassem os buracos nas calçadas, se levassem as pistas
malpavimentadas, se levassem os pivetes, se levassem os traficantes, as poças de
água sujas, os congestionamentos, o metrô desorganizado, as enchentes, aí, sim,
seriam bem-vindos.
Índios que não podem se integrar à sociedade brasileira
a pretexto de manterem as suas tradições, mas podem perdê-las na promíscua
camaradagem com os sem-terra e nas noitadas de bebedeiras, após as encenações
diurnas com o seu aparato bélico colonial. Índios de fancaria que causam pena ao
engrolarem frases decoradas sobre capitalismo, estando eles a serviço dos
charles, dos françoises hollandes e dos obamas espertos. A que chegaram as
tribos nas mãos dos capatazes daqui e de acolá!
Os índios, sabidos, não se integram à sociedade
brasileira para fugir dos impostos a que estariam obrigados como qualquer mortal
trabalhador. Como é bom (para eles) continuarem
inimputáveis!
Todos nas costas do Brasil que, por isso, vive deitado,
sem forças para livrar-se dos trapaceiros de lá, dos guerrilheiros-governantes
daqui, do espécime mais nocivo, mais asqueroso, física e moralmente, produzido
nesta terra, como o ex-presidente, sem nenhuma qualificação positiva, por ser a
própria negação de si mesmo.
Todos nas costas do Brasil: brasileiros sem vínculo com
a terra; estrangeiros que os compram por saberem de suas preferências pelas
‘verdinhas’ e não pelo verde; os fundamentalistas da ecologia que não podem
ouvir uma língua estranha falar em caos ambiental que aplaudem a sua própria
sentença de escravizados dos conceitos alheios.
Todos nas costas do Brasil. Gostaria de ver o gigante
sacudir os parasitas que o sugam e atirá-los contra um paredão cheio de
espinhos.
(Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. Membro da
ABD. A opinião expressa é particular da
autora.)
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