Jorge
Brennand
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ACREDITAR EM LULA?
ACREDITAR EM LULA?
Possui
em seu currículo a ausência de escolaridade e a contumaz omissão perante
situações patentes de corrupção no íntimo grupo político que faz parte. Isso, é
claro, além de ser reconhecido como acentuadamente vaidoso.
Toda
a nação presenciou – na boca de Lula, por seu interesse pessoal e político –
José Sarney evoluir de demônio corrupto a imaculado santo milagroso. Lula acha
que pode enganar a todos, por todo o tempo. Seu passado é farto em fatos
comprobatórios que indicam colocar a luta pelo poder acima de qualquer decisão
ética que tenha de tomar.
Corrupção,
como tem demonstrado, é um ato necessário, desde que seja ele o beneficiário,
como provou Sebastião Nery na matéria editada dia 30/5/2012 na Tribuna, na qual
Paulo de Tarso Venceslau, fundador do PT, declarou na CPI dos Bingos ter
entregado a Lula uma denúncia formal (escrita) e provas sobre corrupção nas
prefeituras administradas pelo PT, nestes termos:
“Tentei
levar a informação para dentro do partido, procurei todas as instâncias, mas não
consegui ser ouvido. Registrei uma carta em cartório com a denúncia e mandei
para Lula, então presidente do PT. Tirei uma cópia e entreguei na mão de
Mercadante, Suplicy, Genoíno, Chinaglia, Greenhalgh”.
Lula
não fez nada na ocasião nem em data alguma, pois o benefício da corrupção
interessava a ele, e o arrecadador da propina (via empresa CPEM) era Roberto
Teixeira, compadre de Lula, que cobrava 20% do valor das obras, contratadas sem
licitação “para fazer um trabalho com base em notas falsas, rasuradas”. Essa
grana era oriunda dos impostos pagos pelos cidadãos e usufruída por Lula e sua
tropa de elite no PT.
Lula
residiu de graça – com casa, comida e roupa lavada – por proveitoso tempo, numa
casa do compadre Roberto Teixeira, o coletor da grana surrupiada dos impostos.
Um final feliz para Lula. Fora esse aspecto meramente corrupto-monetário, ainda
há o imoral caso dos lutadores de boxe cubanos que foram entregues ao
“humanista” Fidel Castro (durante a ditadura, segundo a Anistia Internacional,
Fidel Castro mandou matar 86.587 pessoas).
Lula
adorou tirar retrato ao lado de Fidel Castro à beira de uma mansão com piscina
em Havana, bem como financiar obras em Cuba com o dinheiro arrecadado dos
impostos pagos pelos brasileiros…
E
o caso do Cesare Battisti, condenado em 1993 à prisão perpétua pela corte de
apelações de Milão, Itália, por ter cometido diversos assassinatos, dentre os
quais o de um simples comerciante? Battisti foi mantido no Brasil, livre e
faceiro, por ato isolado de Lula em seu último dia de mandato?
Ainda
há o episódio de seu filho, o “Lulinha”, por ele tratado esportivamente de
“fenômeno” empresarial; o orgulho da “famiglia”.
Peço
desculpas, mas não posso acreditar em uma pessoa com esse passado. Muito menos
sendo um político…
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ACREDITAR EM JOBIM?
ACREDITAR EM JOBIM?
Hélio
Fernandes, em 31 de dezembro de 2009, na Tribuna da Imprensa, foi peremptório ao
afirmar sobre Jobim que a participação dele em cada um dos Poderes foi marcada
pela indignidade, irregularidade, até mesmo pela calamidade, confessada por
ele.
Hélio
Fernandes fez um balanço das atividades de Jobim, que maculou os três Poderes da
República: “Como deputado-constituinte, um fracasso, nas comissões ou no
plenário. Foi o responsável (em parte) pela derrota do Parlamentarismo. Toda a
Constituinte se encaminhava para aprovar o sistema que tinha como grande
defensor o senador Afonso Arinos. Ficamos com essa Constituição dúbia e
desequilibrada. No conteúdo, Parlamentarismo. Na forma,
Presidencialismo-pluripartidarismo, uma excrescência. Essa palavra se aplica
maravilhosamente ao Jobim que nos subterrâneos da madrugada, na Comissão de
Redação da Constituinte, emendou a “Constituição” que nascia. Ninguém soube. Era
o crime perfeito. Como a maldição do crime perfeito é o fato de ninguém saber,
passados alguns anos, ele mesmo veio a publico e REVELOU TUDO.”
Afinal,
qual foi o delito cometido por Nelson Jobim? Augusto Nunes escreveu na
VEJA(06/06/2009), com todas as letras: “Em outubro de 2003, o Brasil foi
confrontado com um crime que, praticado 15 anos antes pelo deputado-constituinte
Nelson Jobim, assumiu dimensões bem mais perturbadoras ao ser revelado por um
Nelson Jobim já vestindo a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Com a
naturalidade de quem explica por que prefere chimarrão a café, o ex-parlamentar
do PMDB gaúcho confessou ter infiltrado na Constituição de 1988, cujo texto
definitivo lhe coube redigir, dois artigos que não haviam sido votados, muito
menos discutidos no plenário.”
Disse
Jobim que viu o artigo acrescentado, sabia-o irregular, mas nada fez, deixou
passar e pronto. Assim, acabou sendo votado e aprovado o texto final da
Constituição com este artigo inserido SEM TER SIDO VOTADO sequer, no primeiro
turno.
Pedro
Antônio Dourado de Rezende e o advogado e consultor legislativo do Senado
Adriano Benayon fizeram importante estudo sobre os efeitos causados no Brasil
pela conduta de Nelson Jobim. Em 1988, a dívida externa e a inflação assombravam
as contas públicas. A aprovação da alínea “b” do artigo 166 da Constituição (a
“emenda” Nelson Jobim) serviu para beneficiar os credores dos mercados
financeiros internacionais. “É um cheque em branco para o credor botar a mão na
arrecadação”, disseram Rezende e Benayon. E citaram dados da Secretaria do
Tesouro Nacional, atualizados em moeda corrente:
“Em
1986, a União pagou o equivalente a R$ 50,5 bilhões no chamado serviço da
dívida, isto é, despesas com juros, taxas bancárias e outras obrigações
relacionadas com os débitos externos. Quatro anos mais tarde, com a aprovação da
nova Carta Magna, o valor passou para R$ 564,1 bilhões, em cifras atuais. Por
outro lado, os investimentos caíram de R$ 20,9 bilhões para R$ 12,8 bilhões
naquele mesmo período. Na opinião dos dois, a alínea “b” do artigo 166 (a
“emenda” Nelson Jobim) contribuiu para essa discrepância.” Um belo presente de
Nelson Jobim ao Brasil …
E
Hélio Fernandes continua: “Não dá para contar o mínimo das barbaridades
cometidas por ele, principalmente na presidência (do STF). Até que mais de 200
advogados e magistrados do Rio Grande do Sul (seu estado) exigiram a saída dele
do Supremo. Esse movimento foi liderado no Rio, bravamente, pelo advogado Ivan
Nunes Ferreira, que não descansou nunca. Nelson Jobim estava exatamente com 60
anos, a “expulsória” acontece aos 70, ele tinha portanto mais 10 anos no
Supremo. Só que não dava para resistir, foi para casa. Literalmente.”
Peço
desculpas, mas não posso acreditar em uma pessoa com esse passado. Muito menos
sendo um político…
Fonte: Jornal Tribuna da Imprensa
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