Amigos
Remeti a O GLOBO e a A TARDE a nota abaixo, sem qualquer
chance de publicação, é claro. Hoje, ambos os jornais pertencem a empresários
que na busca do lucro que lhe assegura o governo, deixam de lado o legado de
jornalistas da estirpe de Roberto Marinho e Simões Filho.
Pobre Brasil, Gen Maciel
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Não é justo o modo como a mídia vem conduzindo os assuntos
relativos às Forças Armadas. Na realidade, não cabe à grande mídia fazer
justiça, mas tratar tais assuntos com imparcialidade, meio caminho para
chegar-se à verdade. Informações são omitidas e distorcidas e vive-se, neste
momento, a pressão de todo março, mês da Revolução
Pôr a Mirian Leitão à frente de um programa de entrevistas e
assinando duas páginas de O GLOBO de 02 de março, é infamante. Ela tornou-se uma
jornalista respeitada por transitar com competência por várias áreas do
conhecimento. Mas, embora a raíz seja a mesma, Mirian é ímpar mas não é
imparcial quando se trata da sua velha paixão de juventude, o ativismo
revolucionário de esquerda. É o inesquecível primeiro amor!
Ela foi pouco profissional ao entrevistar o General Rocha
Paiva que após dar respostas claras e diretas, fazia também questionamentos à
repórter, que não dava sequência ao que supunha-se ser um diálogo. Parecia um
inquérito policial (Perguntado se... respondeu que...)
Se há real interesse deste jornal, que um dia também prestará
contas à história, relaciono a seguir as questões postas pelo general e por mim
colhidas no jornal, relativas à verdade superlativa:
1. Por que não promover esclarecimentos sobre
atentados terroristas, inclusive justiçamentos?
2. Por que negar às famílias de militares e civis
vítimas dos terroristas as mesmas indenizações que os guerrilheiros, hoje no
poder, se concederam?
3. Por que tratar a morte de Rubens Paiva de modo
distinto dos assasínios praticados pela guerrilha? Por ser um deputado, um homem
da elite e serem as vítimas dos terroristas pessoas simples como os
guias/mateiros do Araguaia?
4. Dilma foi mesmo submetida a tortura física? ("Eu
acredito", deixa escapar uma apaixonada Mirian
Leitão)
5. Se apesar da anistia o governo julga necessário
conhecer os torturadores em nome da VERDADE, não é necessário sabermos tudo
sobre os guerrilheiros, Dilma à frente? (Nota Autor: o caso do cofre do Adhemar,
por exemplo)
6. O livro Brasil Nunca Mais, editado após exaustiva
pesquisa pela insuspeita - para as esquerdas - Arquidiocese de S. Paulo lista
1918 torturadas. Como se chegou a 20.000 beneficiados por polpudas indenizações da tal
comissão ?
7. Se se quer mesmo
esclarecer o assunto, ponham a Polícia Federal para fazer o "serviço". Por que
não convidar o Sr Aloísio Nunes Ferreira para depôr sobre o assassinato, diante
dos filhos, do capitão Chandler; ele (Aloisio) que era da ALN, que cometeu
o assassinato? Por que não convocar a Dilma para depor sobre a morte do soldado
Mario Kozel filho, assassinado pela sua
(dela) VAR-PALMARES?
Obviamente, este jornal não publicará esta carta, mas eu a
remeto e divulgarei pela internet como forma de protesto. Vocês estão fazendo
como a presidente, acolhendo, silente, as palavras de uma grande jornalista e
assumindo, por omissão, as suas posições sectárias. Como disse Chico Buarque,
ele próprio um homem de esquerda "Apesar de vocês" as coisas tendem a mudar,
pois não são somente os militares, a classe média também não aguenta mais o
vilipéndio dos seus valores.
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