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domingo, 4 de março de 2012

Forças Armadas

Amigos
Remeti a O GLOBO e a A TARDE a nota abaixo, sem qualquer chance de publicação, é claro. Hoje, ambos os jornais pertencem a empresários que na busca do lucro que lhe assegura o governo, deixam de lado o legado de jornalistas da estirpe de Roberto Marinho e Simões Filho.

Pobre Brasil, Gen Maciel

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Não é justo o modo como a mídia vem conduzindo os assuntos relativos às Forças Armadas. Na realidade, não cabe à grande mídia fazer justiça, mas tratar tais assuntos com imparcialidade, meio caminho para chegar-se à verdade. Informações são omitidas e distorcidas e vive-se, neste momento, a pressão de todo março, mês da Revolução
Pôr a Mirian Leitão à frente de um programa de entrevistas e assinando duas páginas de O GLOBO de 02 de março, é infamante. Ela tornou-se uma jornalista respeitada por transitar com competência por várias áreas do conhecimento. Mas, embora a raíz seja a mesma, Mirian é ímpar mas não é imparcial quando se trata da sua velha paixão de juventude, o ativismo revolucionário de esquerda. É o inesquecível primeiro amor!
Ela foi pouco profissional ao entrevistar o General Rocha Paiva que após dar respostas claras e diretas, fazia também questionamentos à repórter, que não dava sequência ao que supunha-se ser um diálogo. Parecia um inquérito policial (Perguntado se... respondeu que...)
Se há real interesse deste jornal, que um dia também prestará contas à história, relaciono a seguir as questões postas pelo general e por mim colhidas no jornal, relativas à verdade superlativa:
1. Por que não promover esclarecimentos sobre atentados terroristas, inclusive justiçamentos?
2. Por que negar às famílias de militares e civis vítimas dos terroristas as mesmas indenizações que os guerrilheiros, hoje no poder, se concederam?
3. Por que tratar a morte de Rubens Paiva de modo distinto dos assasínios praticados pela guerrilha? Por ser um deputado, um homem da elite e serem as vítimas dos terroristas pessoas simples como os guias/mateiros do Araguaia?
4. Dilma foi mesmo submetida a tortura física? ("Eu acredito", deixa escapar uma apaixonada Mirian Leitão)
5. Se apesar da anistia o governo julga necessário conhecer os torturadores em nome da VERDADE, não é necessário sabermos tudo sobre os guerrilheiros, Dilma à frente? (Nota Autor: o caso do cofre do Adhemar, por exemplo)
6. O livro Brasil Nunca Mais, editado após exaustiva pesquisa pela insuspeita - para as esquerdas - Arquidiocese de S. Paulo lista 1918 torturadas. Como se chegou a 20.000 beneficiados por polpudas indenizações da tal comissão ?
7. Se se quer mesmo esclarecer o assunto, ponham a Polícia Federal para fazer o "serviço". Por que não convidar o Sr Aloísio Nunes Ferreira para depôr sobre o assassinato, diante dos filhos, do capitão Chandler; ele (Aloisio) que era da ALN, que cometeu o assassinato? Por que não convocar a Dilma para depor sobre a morte do soldado Mario Kozel filho, assassinado pela sua (dela) VAR-PALMARES?
Obviamente, este jornal não publicará esta carta, mas eu a remeto e divulgarei pela internet como forma de protesto. Vocês estão fazendo como a presidente, acolhendo, silente, as palavras de uma grande jornalista e assumindo, por omissão, as suas posições sectárias. Como disse Chico Buarque, ele próprio um homem de esquerda "Apesar de vocês" as coisas tendem a mudar, pois não são somente os militares, a classe média também não aguenta mais o vilipéndio dos seus valores.

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