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sexta-feira, 23 de março de 2012

QUEM DEU O 1º TIRO?

Acredito que alguns setores das esquerdas brasileiras subestimaram a capacidade dos militares da Reserva de reagirem contra o estado de coisas por que passa o País.
Era de se esperar que parte da “Intelligentsia” nacional fosse, no mínimo, mais inteligente, ou menos parcial. 
O jornal Estado SP - 06 Mar 12, faz referência a um manifesto de cineastas brasileiros no qual, entre outras coisas, repudiam as recentes declarações de militares, com destaque para a inquietação de oficiais da reserva, com relação à Comissão da Verdade.
Em meio àqueles surrados chavões esquerdistas, o manifesto diz que os diretores de cinema repudiam os ataques "desses setores minoritários das  FFAA" que, de forma alguma, poderão obstruir as investigações que deverão ser iniciadas o quanto antes (destaco: o quanto antes...).
Diz, ainda:

"... estaremos atentos para que tal comissão seja composta por pessoas comprometidas com a democracia e com a verdade".

Gostaria inicialmente, com a devida vênia, de levar ao conhecimento dos senhores diretores de cinema que nas FFAA não existem "setores minoritários", embora seja isso o que muita gente queira fazer parecer.
O "setor minoritário" a que os senhores fazem referência, nada mais é do que a Reserva militar mobilizável do Brasil.
Um dia, os integrantes dessa Reserva estiveram no serviço ativo.
E foi nessa época que viveram/presenciaram/construíram outra parte da verdade que agora, por ser extremamente oportuno, eles querem que seja esclarecida também.
Os militares que combateram a subversão/guerrilha/terrorismo não formavam uma milícia de loucos desgovernados que combatiam de forma acéfala.

Eles formavam uma Organização Militar (OM), normalmente de pequeno efetivo, mas legalmente constituída por leis-atos-diretrizes específicas.
Esses militares, hoje na Reserva, não eram um grupo de facínoras.

Eles compunham uma força lutando por ordem do Estado contra uma força, completamente irregular, cujas principais armas eram a surpresa-traição.

O que cabia a esses militares era, duma forma ou de outra, vencer a parte que lhes opunha resistência de armas na mão. O que foi feito. E bem. 
 
Guerrilha... subversão... terrorismo... muito mais do que temas para filmes, foram coisas que existiram no "mundo real".
E causaram muitos danos à população brasileira, essa mesma que no seu manifesto os diretores de cinema querem jogar contra os militares da Reserva.
Mas, isso já é assunto por demais sabido e comentado.
Talvez seja o caso de lembrar aos senhores diretores de cinema que muitos de seus filmes não teriam enredo se não fosse o papel, ainda que estereotipado, que sempre reservaram para os militares.
Iniciamos com um "campeão de bilheteria" :

"O que é isso companheiro...".
Há como dizer, de sã consciência, que esse filme, que retrata as articulações de associações criminosas para o cometimento de um crime... ou planejar-executar um sequestro, mantendo a vítima em cárcere privado por dias e, assim, submeter sua família à tortura, não pode ser considerado como um crime...
Tomemos "Lamarca".

Não obstante todo o engajamento ideológico de seu diretor-ator principal, não é possível, à luz da lógica, negar o fato de Lamarca ter sido um traidor/desertor/ladrão e, por isso, ter sido buscado pelos militares Brasil afora...


Vejamos "Hércules 56".
Por acaso não trata o filme duma reunião, na vida real, de pessoas que cometeram todos os tipos de crimes como assaltos/mortes/sequestros de pessoas... e que no filme revelam suas verdadeiras ações-intenções da época... O filme  retrata verdadeira reunião festiva para relembrar uma pretérita associação para o crime...

Quem sabe... "Batismo de Sangue"...
Por mais que se tornem os padres adeptos da luta armada em "anjos" e "mártires", não há como negar que seu "guia espiritual" era Marighella, líder de organização criminosa/autor dum opúsculo denominado 
"Mini manual do Guerrilheiro Urbano".

Se observarmos "Araguaia. Conspiração do Silêncio", o subversivo "Oswaldo" que ali é retratado não parece um semideus descido do Olimpo diretamente pra selva amazônica... só que o diretor esqueceu de mostrar os crimes que ele cometeu e, levou seu grupo a cometer.
Esse senhor chegou a negar aos militares uma trégua para que retirasse do campo de batalha o corpo de um soldado morto por ele.
Quando se conseguiu recolher o corpo, pouco restava, senão a parte protegida pelo calçado.

Então senhores diretores de cinema do Brasil, não seria a Comissão da Verdade uma excelente oportunidade para, como em um filme, estabelecer-se quem deu o 1° tiro... quem detonou a primeira bomba... quem fez as primeiras vítimas... quem assaltou bancos/carros-fortes/trens... quem matou/aleijou pessoas inocentes, algumas delas mortas com extrema violência, tomando-as como simples efeitos colaterais... o que foi feito dos milhões roubados... como se negociaram as armas que Lamarca roubou... por que treinar em Cuba/Coreia Norte/e outros países que se destacam por suas "democracias"... Tudo isso daria bons filmes.
Caso os diretores de cinema, como dizem no seu manifesto, estivessem cuidando da memória nacional, como poderiam não ser a favor de uma comissão da verdade que ouvisse ambos os lados... Para o bem da cinematografia nacional, seria bom, e a sociedade agradeceria, se os senhores ajudassem a mostrar o outro lado.

Seriam mais filmes... embora, devo admitir, o patrocínio viria a ser mais difícil.
É bem como disse no manifesto a Sra. Lúcia Murat :

"Se a gente, a sociedade civil, que é maioria, não defender nosso direito de conhecer a história do Brasil, quem vai..."

Caso a senhora permita, posso dar uma resposta :
- Por incrível que pareça, serão os militares da Reserva e um significativo número de civis que concordam com eles, que a ajudarão. Pois, ao que parece, são os únicos a querer ver a História do Brasil completamente contada.
 
Jorge Alberto Forrer Garcia
Cel Reformado
Curitiba/PR

2 comentários:

  1. Mas nada justifica sequestros ,torturas e assassinatos crimes que foram cometidos por pessoas a serviço do estado.

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  2. Concordo em gênero e número com a sua colocação. Jogo empatado. Nenhum cidadão provido de qualquer motivo também não pode fazer isso. Como é muito difícil se saber a verdade completa sobre os fatos foi oferecida a Anistia para todos. Todos se beneficiaram da lei e agora querem revogá-la para buscar outros motivos. Já não temos encrencas o suficiente em nosso País. Sem Educação e Sem Cultura. Sem Saúde e aí vai.....lamentável...viver num Pais tão lindo e tão azedo.

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