Lula
é o Eike Batista da política. Eike é o Lula do empresariado. Um
inventou o Brasil Maravilha. Só existe na papelada que registrou em
cartório. Outro ergueu o Império do X. No caso, X é igual a nada.
O
pernambucano falastrão que inaugurava uma proeza por dia se elogia de
meia em meia hora por ter feito
o que não fez. O carioca gabola que ganhava uma bolada em dólares por
minuto se louva o tempo todo pelo que diz que vai fazer e não fará.
O
presidente incomparável prometeu para 2010 a transposição das águas do
São Francisco. O rio segue dormindo no mesmo leito. O empreendedor sem
similares adora gerúndios e só conjuga verbos no futuro. Está fazendo um
buquê de portos. Vai fazer coisas de que até Deus duvida. Não concluiu
nem a reforma do Hotel Glória.
Lula
se apresenta como o maior dos governantes desde Tomé de Souza sem ter
concluído uma
única obra visível. Eike entra e sai do ranking dos bilionários da
revista Forbes sem que alguém consiga enxergar a cor do dinheiro.
Lula
berrou em 2007 que a Petrobras tornara autossuficiente em petróleo o
país que, graças às jazidas do pré-sal, logo estaria dando as cartas na
OPEP. A estatal agora coleciona prejuízos e o Brasil importa
combustível. Eike vive enchendo milhões de barris com o que vai extrair
do colosso que continua enterrado no fundo do Atlântico.
Político
de nascença, Lula agora enriquece como camelô de empresas privadas.
Filho de um empresário admirável, Eike hoje sobrevive com empréstimos
do BNDES, parcerias com estatais e adjutórios do governo federal.
Lula
só poderia chegar ao coração do poder num lugar onde tanta gente confia
num Eike Batista. Eike só poderia posar de gênio dos negócios num país
que acredita num Lula.
É natural que viajem no mesmo jatinho e se entendam muito bem. Os dois são vendedores de nuvens.
Blog Augusto N unes 23/04/2013
às 16:17 \ Direto ao Ponto
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