Luis Nassif -
sábado,
26 de maio de 2012
A Comissão
da Verdade NUNCA foi uma demanda da sociedade brasileira, que tem outras e muito
mais reais preocupações, conforme pesquisa conduzida pelo próprio Governo
através do IPEA. A população brasileira tem como primeira preocupação a
violência de que é vítima nas ruas, nas casas, nas escolas, nos latrocínios, nos
arrastões, violência essa que parece não incomodar a mínima a esquerda que no
seu subconsciente acha que o assaltante é ao final um coitadinho que apenas está
fazendo justiça social.
A Comissão
da Verdade é um PROJETO político da esquerda radical, que não está nem aí para
as famílias das vítimas, usadas como cobertura do projeto e sim com o CAPITAL
POLITICO que pretende gerar com essa Comissão, emparedando as Forças Armadas
para ao final enfraquecê-las.
Os
governos pós-regime militar não se arriscaram com esse projeto, nem o próprio
Lula se entusiasmou com a instalação dessa comissão, o atual Governo, não
obstante o equilíbrio e a sensatez da Presidente Dilma, pareceu sem forças para
resistir a essa investida da esquerda radical e tentou minimizar a pressão com a
indicação de dois nomes mais centrados, José Carlos Dias e Gilson Dipp, o que de
imediato gerou protestos dos radicais, que queriam uma Comissão 100%
esquerdizante.
O custo
político para o Governo será alto.
No meio
militar não há ilusões quanto às reais intenções dos “pais” dessa Comissão,
especialmente do seu obvio “líder”, Paulo Sérgio Pinheiro, o mesmo que operou,
de dentro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, onde era
Vice-Presidente, a montagem do processo originário de uma denúncia de parente de
guerrilheiro do Araguaia, apresentada em 2009 que evoluiu para um processo de
condenação do Brasil na Corte de São Jose. Paulo Sérgio Pinheiro, um típico
esquerda de salão de nível internacional, é determinado, preparado, bem
conectado e tem um projeto definido, conhece como ninguém os bastidores desse
movimento internacional de direitos humanos aparentemente neutro, mas na
realidade cabeça de ponte de objetivos muito mais altos.
Em um
momento que o Estado brasileiro deveria dar a partida para um grande projeto de
'upgrade' de suas Forças Armadas, para elevá-las ao nível de importância do
Brasil na ordem global, considerando que o Brasil está MUITO ABAIXO dos outros
BRICs no potencial militar, neste momento crucial o Estado brasileiro se dá ao
luxo de desprestigiar ao máximo suas Forças Armadas ao colocá-las no banco dos
réus como se marginais fossem, detonando um capital vital para a operação
militar, qual seja o prestígio e o apoio que o Estado dá à sua Instituição
Militar.
Os outros grandes emergentes, a Rússia, a China e a Índia jamais cairiam nessa armadilha e suas Forças Armadas, se fosse possível um ranking de violência, fariam as nossas serem inocentes escoteiros, mas nenhum desses grandes Estados cogitou de colocar suas forças armadas como rés de um processo público de desmoralização avalizada pelo Estado.
Os outros grandes emergentes, a Rússia, a China e a Índia jamais cairiam nessa armadilha e suas Forças Armadas, se fosse possível um ranking de violência, fariam as nossas serem inocentes escoteiros, mas nenhum desses grandes Estados cogitou de colocar suas forças armadas como rés de um processo público de desmoralização avalizada pelo Estado.
Não venham
com o exemplo do Chile. As Forças Armadas chilenas são a instituição mais forte
do País até hoje, as forças mais bem equipadas da America Latina, não houve
nenhum processo de julgamento da Instituição Militar chilena, cujo currículo de
violação de direitos humanos é infinitamente mais pesado do que se acusam as do
Brasil e olhe que o Chile em população é menos de um décimo da que é o Brasil. A
Instituição Militar chilena manteve toda sua estrutura intacta, sua participação
no Orçamento é vinculada à arrecadação, nunca tiveram falta de verbas ou
sucateamento.
Os
processos de saída dos regimes militares argentino, chileno e uruguaio foram
completamente diferente do brasileiro, suas anistias foram auto-concedidas e não
negociadas e se referiram apenas ao lado militar e não aos seus adversários,
portanto comparar os processos é uma fraude intencional.
Como
diria o Príncipe de Talleurand, esse projeto mais que um crime, é um erro e o
Brasil nada ganha com ele. O resultado de Forças Armadas desmoralizadas é que no
futuro os jovens não mais verão na carreira militar um atrativo, ninguém quer
atrelar seu futuro a uma Instituição enfraquecida, tampouco um jovem vai fazer
sacrifícios em favor de uma corporação desmoralizada, um País das dimensões do
Brasil fará uma loucura em tornar dispensável uma das mais importantes
Instituições que formaram o País através de séculos de
História.
“A VERDADE É FILHA
DO TEMPO, NÃO DA AUTORIDADE” - GALILEU GALILEI
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