* Sérgio Paulo Muniz Costa
1.
O governo da presidente Dilma, pelas suas ações
ou as de seus membros de primeiro escalão, está sendo julgado ou investigado em
três altas cortes do País, o STF, o TCU e o TSE. O curso das investigações,
amplamente noticiado, indica que haverá condenação por uma das cortes, ou até
por todas. Qualquer dessas condenações implode a governabilidade, como já está
sendo percebido pela classe política.
2.
A esmagadora maioria da população brasileira
desaprova o atual governo, frustrada com o abismo entre as promessas de
campanha eleitoral e a dura realidade econômica que se impôs ao País, e
indignada com os prejuízos à coisa pública causados pela corrupção patrocinada
pelo governo do PT.
33.
A crise
econômica criada pelo governo do PT está sendo agravada pela maneira como este
lida com ela, sinalizando mais impostos, particularmente a infame CPMF, e sem
indicar, de maneira crível, a redução substancial de despesas públicas e a
melhoria dos serviços à população.
4.
A corrupção institucionalizada pelo governo do
PT nos últimos treze anos é firmemente rejeitada pela sociedade brasileira,
tanto por parcela majoritária da população, como organicamente pelas suas
instituições, que veem na continuidade do PT no poder a continuidade da
corrupção que sangrou o País.
5.
A incompatibilidade entre o governo do PT e a
base aliada que o sustentou nos últimos três mandatos presidenciais é
irreversível, tendendo a se agravar pelo confronto com o Legislativo sinalizado
pela insistência do governo em decretar aumentos de impostos.
6.
Os prejuízos econômicos ao País estão se
acumulando, agravando, e potencializando, à medida que se prolonga o impasse
político que bloqueia as soluções para a saída da crise econômica. O aumento da
dívida pública, a crise fiscal, o retorno da inflação e o expressivo decréscimo
da atividade econômica em todos os setores criam um quadro potencialmente
catastrófico que só pode ser evitado com medidas tomadas com base num consenso
político e social que o governo do PT não tem a menor condição de obter.
7.
O PT não tem mais coerência interna como
agremiação política capaz de propor uma saída para a crise política e econômica
em que o País mergulhou. A dissociação entre Lula, o criador, Dilma, a
criatura, presidente e parlamentares do partido denota a prevalência de meros
interesses pessoais, desaparecendo qualquer base programática na ação política
do partido.
8.
A degradação do perfil financeiro do País e de
suas principais empresas e bancos no cenário internacional continuará a
aumentar com a permanência do PT no governo e agravará substancialmente o
desfavorável quadro econômico interno.
9.
Um
governo fraco como o atual, desesperado por qualquer tipo de apoio, expõe o
País a pressões internacionais por acordos lesivos ao interesse nacional e pode
levar esse governo a concluir outros acordos absolutamente contrários à
soberania nacional.
10. A
sociedade brasileira, por sucessivas manifestações de massa, ampla expressão de
opinião e iniciativas parlamentares de oposição, está dizendo claramente que
não aceita pagar mais tributos ao governo do PT, por absoluta falta de
credibilidade deste. A aceitação dos inevitáveis sacrifícios pela sociedade
brasileira para superar a crise econômica do País passa pelo afastamento da
presidente Dilma do poder, necessariamente pela via democrática do impedimento.
* Historiador
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