terça-feira, 30 de julho de 2013
sábado, 20 de julho de 2013
Escolhendo
* Sérgio Paulo Muniz Costa
O que está havendo com o Brasil, o país do
futebol com mais católicos do mundo, que viveu confrontos nas imediações dos
estádios em que sua seleção brilhava e agora se inquieta às vésperas da
visita do Papa Francisco? Como é possível que tradicionais motivos de alegria
e devoção da população brasileira tenham se transformado em oportunidades de
frustração e constrangimento? Em pouco mais de um mês, a imagem do País foi
alterada e hoje nos sentimos todos atingidos por algo que não compreendemos mas
que nos acontece. A única certeza nesses dias de tumulto é que os nossos
destinos vão depender do que decidirmos fazer com o que nos acontece, e o pior
que podemos fazer é não termos a mesma audácia daqueles que estão agindo. No
nosso caso, da esmagadora maioria da população, a audácia para pensar.
A semana foi pródiga em acontecimentos.
Abriu-‐se com as declarações de uma agência do governo que indicavam os
protestos como a maior ameaça à visita do Papa, quase simultânea à
manifestação do super-ministro de que “o povo faria a segurança do Papa” e
à reunião de ministros de estado com representantes do Vaticano para
pressionarem por mudanças na programação oficial. Isto é o governo federal
atuando como caixa de ressonância de um não se sabe o quê. Ao mesmo tempo, o
ex-presidente que em passado não distante esteve com blogueiros simpáticos ao
PT, ressurgiu sorridente e saudável, cercado de jovens, fazendo em termos
chulos e demagógicos a apologia dos protestos. Isto todo mundo sabe para quê,
diante do que se dilui outra dúvida excruciante: a criatura está cumprindo o
papel que lhe foi atribuído, desde o início.
Se a violência que tomou as ruas do Leblon na
noite da 4a feira, dia 18 de julho, foi desconcertante, a coletiva de imprensa
da cúpula de segurança pública do Rio de Janeiro no dia seguinte foi
patética. Repetiu-se ali a fraqueza das autoridades para enfrentarem no campo
das ideias a vontade perversa que está transformando as ruas em campo de
batalha. Bovinamente vamos aceitando a neutralização das forças de segurança
pública mediante o constrangimento midiático praticado por uma facção da
imprensa despudoradamente simpática ao caos e por intermédio da pressão
de entidades nacionais e estrangeiras que sem terem qualquer responsabilidade
pela Lei e pela Ordem pretendem impor limitações absurdas à sua imposição.
E assim se encerra de forma melancólica esta semana surpreendente, com a
disseminação não contestada da notícia de que as autoridades não sabem como
lidar com os protestos durante a visita do
Papa.
A maioridade politica da sociedade brasileira
não a protege dos riscos e dos assaltos às suas instituições, aliás a
nenhuma sociedade. A presente conturbação do quadro político nacional está
inserida na moldura sucessória que se completa em 2014 e isso está patente nos
conflitos dentro do condomínio do poder e entre os poderes da República, cuja
origem é a vontade do exercício absoluto do poder pelo PT. Há parlamentares,
autoridades e lideranças que resistem, na forma da Lei e dentro de suas
atribuições, ao projeto de poder que ameaça a democracia brasileira, mas as
suas atitudes e ações minguarão na medida em que continuarmos refugiados na
cômoda visão dos protestos como iniciativas espontâneas e legítimas de uma
população insatisfeita, ou pior, como já circula, extasiados na miragem
sebastianista de que seremos “salvos” por uma intervenção não se sabe de
quem, da qual desembarcam manifesta e preventivamente os militares, fartos de
serem acusados de golpistas de oportunidade justamente pelos eternos golpistas
da História.
Na verdade, a nossa maioridade política se
confirma pela resistência ao pensamento que pretende pensar por nós, a
começar pelo da parcela da intelligentsia brasileira sempre tão diligente e
“científica” para atacar as crenças religiosas de tantos, mas sempre tão
incapaz de se despir do próprio criacionismo com que insiste em impor fatos
estranhos à sociedade para recriá-la a seu molde. E não se diga que aqui se
recorre ao reducionismo moralista da luta entre o bem e o mal. É mais simples:
trata-se da escolha entre o bom e o ruim e é mais do que tempo de sabermos
distinguir um do outro.
* Historiador
quarta-feira, 17 de julho de 2013
CRIEMOS A NOSSA COMISSÃO DA VERDADE
"Aileda de Mattos Oliveira”
Por
que admitimos que o centro corruptor da nação estabeleça o controle das
ações, impondo a antiordem dos valores comportamentais?
Por
que admitimos a depredação dos bens patrimoniais por minorias que, a
pretexto de condenar o estelionato político do governo, investem contra
as forças policiais, que não encontram respaldo de seus respectivos
governadores, principalmente o do Rio de Janeiro, que se escafede
vergonhosamente?
Por
que não exigimos o nome de quem paga os artefatos com os quais os
neorrebeldes destroem o patrimônio público e particular? O dinheiro é do
contribuinte, sabemos, mas quem o libera?
Por
que permitimos que os policiais militares sofram espancamentos e
provocações de jornalistas militantes ligados ao governo e filmem a
reação dos policiais, mas não a causa que os levou a se defenderem, para
forjarem atos de violência nas matérias sensacionalistas de seus
jornais?
Por
que não exigimos dos governadores a defesa desses homens, que agem em
defesa da parte ordeira da sociedade, sem direito a retornar às suas
casas, após um dia de trabalho? Nada fazem por necessitarem da bengala
de Brasília para sustentarem-se politicamente com o tradicional
servilismo à presidente.
Por
que permitimos a perseguição às Forças Armadas, principalmente ao
Exército, pelos permanentes guerrilheiros que tentam, por meio de seus
articuladores, atingi-las, psicologicamente, com imposições recebidas
das organizações mundiais que exigem dela, presidente, obediência,
ferindo continuamente a nossa soberania? De feroz mercenária, torna-se
mansa e submissa nas mãos de qualquer OEA.
Por
que permitimos mais uma afronta aos militares e não reagimos ao Grupo
de Trabalho que pretende infestar os quartéis com os miasmas de civis
que nunca trabalharam em favor do país?
Por
que não usamos da mesma pressão psicológica empregada contra as Forças,
a fim de dobrarmos a cerviz dessa inconsequente presidente, já sem
prumo na aparência e na mente, pela pegajosa submissão aos sarneys do
Caribe.
Por
que permitimos que a presidente de direito e o presidente de fato
enviem dinheiro da nação brasileira a países cujos dirigentes são
perversos ditadores, a fim de beneficiarem o desqualificado torneiro
mecânico em seus negócios escusos?
Por
que permitimos continuarem esvaziando o erário sem que exijamos a
reposição dos muitos milhões que recheiam as contas particulares dos
políticos mais indignos e repugnantes que já surgiram em qualquer país
do mundo?
Por
que não nos unamos e damos a resposta merecida e na justeza do peso
político e social que as Forças Armadas sempre tiveram num país de
irresponsáveis que jogam nas suas costas os problemas causados pela
desobediência civil?
Criemos,
a nossa CVSG – a Comissão da Verdade Sobre os Guerrilheiros e vamos
levar essa máfia insaciável, que trabalha incansavelmente para a
desagregação das unidades étnica e territorial e o esboroamento das
Instituições, às barras dos tribunais, antes que a Justiça acabe tragada
pela corruptora PEC 37, a da Impunidade.
Que
seja convocada em ato público, a presidente que acumula o cargo de
Comandante em Chefe (Que Deus me perdoe esta heresia!) para esclarecer à
Nação, quando era Dilma ou Estela ou Dulce ou Patrícia ou Wanda, a
“camarada de armas” de José Dirceu.
Que seja convocada para confessar quem lançou a bomba que matou covardemente o jovem soldado Mário Kozel Filho.
Que
seja convocada para dizer que mão programou a bomba que mutilou Orlando
Lovecchio e a que matou e mutilou no Aeroporto Guararapes.
Que
seja convocada para dizer onde estão ou como gastou ou onde depositou
os dólares roubados do cofre do então governador Adhemar de Barros.
Que
diga se foi mentor (assim mesmo, não ajeitemos o gênero da palavra ao
gosto desta senhora) dos assaltos a bancos com vítimas de inocentes
clientes que aguardavam a sua vez. Que mostre as sequelas das contínuas
torturas que diz ter sofrido. Talvez seja o corte da cabeleira
desgrenhada como mostra a foto empunhando seu amigo fuzil.
Que
seja convocada para explicar tanta versatilidade numa cabeça que hoje
se mostra vazia de inteligência, de raciocínio, de clareza na expressão
de um simples pensamento de quatro palavras. Diante da amostragem de
ineficiência no trono que sempre desejou, supõe-se que, ou a Dilma é
outra, e esta é a Estela ou Wanda, ou nenhuma delas. O país precisa
saber a verdade desta senhora e de tantos outros, peças excrescentes da
política nacional.
Que
seja convocada a Maria do Rosário, a de maus bofes, para informar qual a
sua real função num ministério criado por imposição de organizações
internacionais que interferem constantemente na soberania do Brasil,
porém, é paga pela própria vítima: o contribuinte brasileiro. Quem é
esta maquiavélica criatura que usa nome de beata, mas nada mais é do que
a encarnação do mal?
Que
seja convocada a tal “ministra da mulher” cujo nome faço questão de não
pronunciar e não digitar, pelo asco que me causa a sua vida mais que
pregressa.
Que
sejam convocados o Dirceu, o falso Genoíno, o Vanucchi que recebeu de
seus patrões da OEA um assento de urtiga na CDH para tramar contra o
próprio país. Que sejam convocados todos os demais traidores, cujas
fotos estão em desfile constante pela internet.
Que
sejam, enfim, mostrados em público os mercenários desejosos de
implantar a “democracia” cubana, e atiram-se como chacais ao dinheiro
público, para jogá-lo na sarjeta dos senis Castros e dos criminosos
ditadores de países africanos.
Ações antidemocráticas são a marca registrada do rebotalho vermelho.
Este
é o momento de criarmos a nossa CVSG, a Comissão da Verdade Sobre os
Guerrilheiros, de ontem e dos que estão começando a irromper no país.
Está lançada a ideia fundamental!
(*Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)
terça-feira, 16 de julho de 2013
O marciano, o Brasil e Aristóteles
Pois nosso amigo marciano ficou surpreso com o que estava
acontecendo em nosso país, porque tudo o que via ele percebia como uma
infração das regras mais elementares da lógica e, nesse sentido, de como
entendia a política. Nas
manifestações da última quinta-feira, anunciadas como "greve geral" ou
como Dia Nacional de Lutas, ele não conseguia compreender o que poderia
significar uma greve de movimentos sociais "organizados", como CUT e
MST, aparelhados pelo PT e financiados pelos governos petistas, contra o
próprio governo petista. Trocando em miúdos, isso significava uma greve
do PT contra o PT. O princípio de não contradição estaria sendo
infringido!
Como podia ser que, no 13.º ano de um governo petista, o PT se sentisse tão incomodado com seu próprio governo? Cansado de si mesmo? Desorientado consigo? O que diriam, então, os cidadãos confrontados com tal confusão? Como pode alguém fazer auto-oposição?
Como podia ser que, no 13.º ano de um governo petista, o PT se sentisse tão incomodado com seu próprio governo? Cansado de si mesmo? Desorientado consigo? O que diriam, então, os cidadãos confrontados com tal confusão? Como pode alguém fazer auto-oposição?
Ficou intrigado em especial ao se inteirar de uma expressão de muito
uso no governo Lula e posta à prova no da presidente Dilma: a tal de
"herança maldita". Não conseguia perceber bem o que significava. Em sua
formação intelectual, além
de Aristóteles, lera muito Descartes, quando de outra incursão de seus
antepassados ao nosso planeta. Aprendera com o filósofo francês um
critério de verdade baseado na clareza e distinção das ideias. Lógico
como era, tratou de aplicar esse critério à expressão "herança maldita".
Qual não foi a sua estupefação ao constatar que a herança do
antecessor, considerada "maldita" pelo ex-presidente Lula, fora
"bendita", assegurando-lhe o êxito de seu primeiro mandato. Ficou
sabendo que o primeiro governo petista mantivera as linhas básicas de
sua política econômica e até social. Tinha tucanado. A lógica do governo
teria sido uma e a retórica, outra. Isto é, fazia uma coisa e dizia o
oposto. Não há princípio de não contradição que resista, além do
problema de ordem propriamente moral de não reconhecimento.
Perseguindo ainda a clareza e a distinção das ideias, terminou por se compadecer da presidente Dilma, pois ela se viu numa sinuca de bico. Do ponto de vista moral, teve uma atitude digna ao qualificar a herança de seu próprio antecessor como "bendita", quando, na verdade, é "maldita". Está agora recolhendo seus frutos, que crescem nas ruas em manifestações autônomas. Seu discurso está, nesse sentido, impregnado de contradições, apesar de no início de seu mandato ter mantido a coerência ao reconhecer o legado de Fernando Henrique Cardoso. Aliás, de sua própria iniciativa, fez uma "faxina ética", mas depois recuou ao seguir novamente o seu antecessor.
Perseguindo ainda a clareza e a distinção das ideias, terminou por se compadecer da presidente Dilma, pois ela se viu numa sinuca de bico. Do ponto de vista moral, teve uma atitude digna ao qualificar a herança de seu próprio antecessor como "bendita", quando, na verdade, é "maldita". Está agora recolhendo seus frutos, que crescem nas ruas em manifestações autônomas. Seu discurso está, nesse sentido, impregnado de contradições, apesar de no início de seu mandato ter mantido a coerência ao reconhecer o legado de Fernando Henrique Cardoso. Aliás, de sua própria iniciativa, fez uma "faxina ética", mas depois recuou ao seguir novamente o seu antecessor.
Mas os dilemas do nosso marciano não pararam por aí. Seus princípios
e critérios não cessavam de ser postos à prova - e que provação! Não
conseguia atinar com o que o governo e o PT entendem por "movimentos
sociais" quando confrontou duas manifestações, a monstro de semanas
atrás e a esquálida de quinta-feira, esta uma caricatura daquela.
Ele mesmo, poucas décadas atrás, entrara em contato com outro grego, naturalizado francês, de nome Cornelius Castoriadis. Em privado era chamado Corneille, porém isso também o confundia por lembrar o célebre dramaturgo francês. O problema, todavia, não era esse. O que estava em questão era a distinção feita por esse filósofo entre "autonomia" e "heteronomia". Autonomia designava movimentos populares autônomos, genuínos, que brotavam da sociedade por ela mesma, lutando contra governos que os oprimiam ou não atendiam às suas reivindicações; heteronomia significava movimentos controlados por aparatos partidários e burocráticos, de uso corrente na esquerda, cujo objetivo consistia em substituir e aniquilar manifestações independentes da sociedade civil.
Ora, as manifestações de junho caracterizaram-se precisamente por ser autônomas, nascidas no seio da sociedade civil, ultrapassando qualquer "aparelho" que tenha procurado controlá-las. Foi um espetáculo de liberdade. Uma expressão da mais legítima indignação com distintos governos de diferentes partidos, sejam eles do PT, do PMDB ou do PSDB, tanto no nível federal quanto estadual e municipal.
Numa manobra de grande inabilidade, o governo federal e o PT, em vez de procurar atender à indignação generalizada dos cidadãos brasileiros, partiram para uma tentativa de cooptar e burocratizar movimentos autônomos. Puseram em pauta a heteronomia. Sindicatos financiados com recursos públicos e movimentos sociais organizados também custeados pelo governo, como o MST, usurparam a bandeira da liberdade e da moralidade. O resultado foi um fiasco total: ruas comparativamente vazias, burocratização das marchas, uniformização dos discursos e indignação fingida.
A presidente, com humildade, deveria ter reconhecido desde o início os seus erros e os de seu antecessor, resgatando o princípio de não contradição e a clareza e a distinção de ideias. Poderia ter aberto um novo caminho. Nosso amigo marciano, por sua vez, confuso, preferiu voltar ao seu planeta. Pelo menos lá reinam a coerência e a racionalidade.
* DENIS LERRER ROSENFIELD É PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR.
Ele mesmo, poucas décadas atrás, entrara em contato com outro grego, naturalizado francês, de nome Cornelius Castoriadis. Em privado era chamado Corneille, porém isso também o confundia por lembrar o célebre dramaturgo francês. O problema, todavia, não era esse. O que estava em questão era a distinção feita por esse filósofo entre "autonomia" e "heteronomia". Autonomia designava movimentos populares autônomos, genuínos, que brotavam da sociedade por ela mesma, lutando contra governos que os oprimiam ou não atendiam às suas reivindicações; heteronomia significava movimentos controlados por aparatos partidários e burocráticos, de uso corrente na esquerda, cujo objetivo consistia em substituir e aniquilar manifestações independentes da sociedade civil.
Ora, as manifestações de junho caracterizaram-se precisamente por ser autônomas, nascidas no seio da sociedade civil, ultrapassando qualquer "aparelho" que tenha procurado controlá-las. Foi um espetáculo de liberdade. Uma expressão da mais legítima indignação com distintos governos de diferentes partidos, sejam eles do PT, do PMDB ou do PSDB, tanto no nível federal quanto estadual e municipal.
Numa manobra de grande inabilidade, o governo federal e o PT, em vez de procurar atender à indignação generalizada dos cidadãos brasileiros, partiram para uma tentativa de cooptar e burocratizar movimentos autônomos. Puseram em pauta a heteronomia. Sindicatos financiados com recursos públicos e movimentos sociais organizados também custeados pelo governo, como o MST, usurparam a bandeira da liberdade e da moralidade. O resultado foi um fiasco total: ruas comparativamente vazias, burocratização das marchas, uniformização dos discursos e indignação fingida.
A presidente, com humildade, deveria ter reconhecido desde o início os seus erros e os de seu antecessor, resgatando o princípio de não contradição e a clareza e a distinção de ideias. Poderia ter aberto um novo caminho. Nosso amigo marciano, por sua vez, confuso, preferiu voltar ao seu planeta. Pelo menos lá reinam a coerência e a racionalidade.
* DENIS LERRER ROSENFIELD É PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS. E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR.
domingo, 7 de julho de 2013
PROPOSTA DA NAÇÃO BRASILEIRA
1 – Durante o mês de junho
tivemos manifestações por todo o País denunciando vários problemas que a nossa
Nação vem convivendo, diariamente, sem expectativa de alguma melhora que possa
aliviar tanto sufoco.
A lista de reivindicações é
enorme e percebemos um aspecto importante: todas são legitimas.
Foram mostradas por todos os meios de comunicações existentes e isso de certa forma surpreendeu os políticos que foram eleitos para nos representar. A surpresa foi tanta que, infelizmente, até hoje não vimos nenhuma proposta de solução razoável. O que se viu foi um jogo de empurra com o intuito de ganhar tempo e acreditar na velha máxima política: o povo vai esquecer com o passar do tempo.
Foram mostradas por todos os meios de comunicações existentes e isso de certa forma surpreendeu os políticos que foram eleitos para nos representar. A surpresa foi tanta que, infelizmente, até hoje não vimos nenhuma proposta de solução razoável. O que se viu foi um jogo de empurra com o intuito de ganhar tempo e acreditar na velha máxima política: o povo vai esquecer com o passar do tempo.
Devido à
maioria dos políticos serem do período do lápis e papel desconhecem que estamos
vivendo um novo tempo. O tempo da “nuvem” ou da “Rede”. Por falar nisso esta
proposta foi originada no nó 2000 da rede. E assim sempre será identificado
porque o original deste documento tem um código. Segue o sentido das
manifestações de Junho.
Diante da
fraqueza das decisões e considerando que o POVO brasileiro tem em mãos o maior
poder que a democracia nos outorga vamos lançar mão do nosso VOTO para alterar
tudo que foi apresentado na lista de maneira ORDEIRA, DISCIPLINADA e com todo o
apoio da Constituição Brasileira em vigor. Não precisamos de Referendo ou
Plebiscito (economia monstruosa de tempo e dinheiro).
Vai exigir um
esforço grande desta NAÇÃO, mas nada que seja superior ao que nós vivemos no
dia-a-dia de nossas casas e cidades. Vamos utilizar a Internet como instrumento
de trânsito desta Proposta e outras decisões que se fizerem necessárias. O
importante é que A DECISÃO ESTARÁ NA MÃO DO POVO.
2 – A proposta terá o formato de um documento gerado pelo POVO e será
reconhecido para identificar o que realmente se está pretendendo. Assim a
proposta a ser aperfeiçoada é a seguinte:
___________________________________________________________________________________
NÃO votaremos nas eleições de 2014 em políticos que hoje
estão com seus mandatos em vigência.
NÃO votaremos nas eleições de 2016 e 2018 em políticos que
estejam hoje com seus mandatos em vigência.
NÃO votaremos em políticos que tenham ocupado cargo publico
nos últimos 10 ou 12 anos.
NÃO votaremos em políticos que não sejam CLASSIFICADOS PELA FICHA LIMPA.
___________________________________________________________________________________
Estes itens não são definitivos e poderão ser aperfeiçoados por brasileiros
interessados em contribuir para a melhora do País.
3 – Este documento vai percorrer
todos os nós da Internet e dia 03 de Outubro de 2013 será publicado em todos os
meios de comunicações existentes. Será o CARTAZ da NAÇÃO BRASILEIRA que perdurará
até que tenhamos representantes dignos de um POVO HONESTO e trabalhador.
Lembrem-se que temos milhões de Homens e
Mulheres capazes de substituir esses 1000 que estão aí e NÃO NOS
REPRESENTAM. E se até hoje não se lançaram a candidatos foi devido a Política de
baixo nível existente em nosso País. São pessoas com competência técnica e
política capazes de revolucionarem este País.
4 – Até 31 de Julho de 2013
criaremos um e-mail da NAÇÃO para acolher as sugestões. Até lá façam ou
provoquem debates na rede. Usem de criatividades para RETER O PODER NA MÃO DO
POVO.
5 – Convidamos sites
especialmente preparados para publicarmos os currículos de Candidatos a cargos
públicos aprovados pela Ficha Limpa, a relação de itens que o POVO deseja seja
priorizada pelos Candidatos, votações de currículos e outras necessidades. Pode
ser mais de um site.
6 – Sabemos de todas as armações
que serão engendradas pelos atuais políticos para serem renovados em seus mandados.
Não podemos impedir de que eles se candidatem, pois para o Governo a FICHA
LIMPA pode ter umas manchas ou ser meio amareladas. Assim criaremos nossas
listas de candidatos idôneos. IMPORTANTE: ESTAMOS ACIMA DE QUALQUER PARTIDO.
7 – Durante esse tempo, a partir
de 3 de outubro de 2013 até a eleição de 2014, vamos fazer uma campanha
elucidativa ao POVO visando retirar deles os medos impostos por diferentes
cabrestos e que hoje são a garantia de reeleição de forma terceirizada pelos
nossos prefeitos e vereadores. Sabedor do que se espera de um candidato eleito
vamos monitorar como fazemos com as nossas obrigações diárias, pois só assim
teremos os resultados esperados e poderemos chamá-los de nossos representantes.
8 – Um item importante. Os
candidatos que constarem das listas elaboradas pela NAÇÃO não precisarão de
verbas públicas ou privadas para se elegerem. O Povo vai dar espaço a eles na
Internet utilizando todas as ferramentas poderosas (Google, Twitter, Facebook,
Youtube) com todo tempo que seja necessário a sua exposição de atitude frente à
lista de prioridades estabelecidas pelo POVO. Não se iludam porque as pessoas
semianalfabetas e analfabetas devido às injunções atuais sabem utilizar os
Telefones, IPAD, Iphone, etc. para difundirem suas notícias quando elas são
providas de honestidade.
9 – Ao lançar esse manifesto pela
NAÇÃO o Nó 2000 da rede acredita que a informação vai percorrer toda a Rede e
surtirá o efeito que o Povo espera. Nunca podemos esquecer que o Povo tem
sempre os governantes que merece.
10 – Para
finalizar esta proposta lembre-se que ÉTICA é aquilo que você faz a vista de
outras pessoas e CARÁTER é aquilo que você faz as escondidas.
Brasil, 7 de julho de 2013.
NAÇÃO BRASILEIRA
Nó 2000 - Rede Brasil da Internet
|
quinta-feira, 4 de julho de 2013
O Fim do Resto - artigo de J. R. Guzzo
Um caderno de
anotações sobre os fatos que vêm acontecendo no Brasil durante as três
últimas semanas poderia conter, com bastante precisão e dentro da
“margem de erro” tão útil aos institutos de pesquisa, o registro das
seguintes realidades:
• A presidente Dilma Rousseff
simplesmente não esta à altura da situação que tem o dever de enfrentar.
Não sabe o que fazer, o que acha que sabe está errado, e, seja Iá que
resolva, ou diga que está resolvendo, não vai ser obedecida na hora da
execução. O momento exige a grandeza, a inteligência e os valores
pessoais de um estadista. Dilma não tem essas qualidades. O autor deste
artigo também não sabe o que deveria ser feito – para dizer a verdade,
não tem a menor idéia a respeito. Em compensação, ele não é presidente
da República.
• A mais comentada de todas as
propostas que a presidente anunciou para enfrentar a crise foi um
misterioso plebiscito, do qual jamais havia falado antes, para aprovar
uma nova Assembléia Constituinte destinada exclusivamente a fazer uma
"profunda reforma política". Não houve, também aqui, a mínima
preocupação em pensar antes de falar, para ver se existiria alguma
ligação entre essa ideia e a possibilidade real de executá-la dentro
das leis vigentes. Não existia, é claro. Resultado: a proposta de Dilma
morreu em 24 horas, afogada num coro de gargalhadas. A hipótese
otimista é que o governo esteja a viver, mais uma vez, um surto agudo de
desordem mental e descontrole sobre seus próprios atos. A pessimista é
que o PT, sob o comando do ex-presidente Lula, esteja querendo empurrar
Dilma para uma aventura golpista.
• A única "reforma política" que o
PT quer fazer, como se sabe há anos, é a seguinte: tirar do eleitor
brasileiro o direito de escolher os deputados nos quais quer votar,
obrigando a todos a votar numa "lista fechada" e composta exclusivamente
de nomes que os donos dos partidos escolherem; "financiamento público"
para as campanhas, ou seja, sacar dinheiro do Tesouro Nacional e
entregá-lo diretamente aos políticos nos anos eleitorais. Alem dos
milhões que já recebem pelo "caixa dois" das empresas privadas (e que o
próprio Lula, numa "entrevista" armada durante o mensalão, considerou
algo perfeitamente normal), receberiam também dinheiro que vem direto
do contribuinte.
• A "reforma” Lula-PT não propõe
nenhuma mudança, uma única que seja, em nada daquilo que a população
realmente quer que mude, e que tem sido um dos alvos principais da ira
das ruas: o fim de qualquer dos privilégios grotescos dos
parlamentares, como carro privado para cada um, casa de graça, verbas
que podem gastar como quiserem, e que acabam sistematicamente no próprio
bolso ou no de sua família. Podem faltar quanto quiserem. Vendem ou
alugam seus assentos a "suplentes”. A reforma petista mantém o absurdo
sistema eleitoral que nega ao cidadão brasileiro o direito universal de
"um homem, um voto". Recusa o voto distrital, adotado em todas as
democracias verdadeiras do mundo. Nada disso: num ambiente de
catástrofe, em que até uma criança de 10 anos sabe que o povo tem pelos
políticos uma mistura de asco, desprezo e ódio, o PT quer dar ainda mais
dinheiro a eles.
• A presidente disse que "está
ouvindo" os indignados que foram às ruas. Mas não está. Se estivesse,
não existiria, em primeiro lugar, o inferno que é a
vida diária de milhões de brasileiros, a quem o governo ignora: porque
dá o Bolsa família, anuncia vitórias imaginárias e acha que governar é
fazer truques de marquetagem, convenceu-se de que o povo está muito bem
atendido. Escutando os protestos? Ainda em março, Dilma recusou uma
suíte de 80 metros quadrados num hotel de luxo da África do Sul, por
achar que era pequena demais. A culpa, é claro, foi passada ao
Itamaraty. Mas, quando o fato se tornou conhecido, a presidente não
disse nenhuma palavra de desculpa, nem mandou o Itamaraty tomar alguma
providência para que um fato assim não se repita. Foi adotada uma única
medida: de agora em diante o governo não vai mais revelar nenhum dado
das viagens presidenciais.
• Ao longo de vinte dias. Dilma,
seus 39 ministros e os mais de 20 000 altos funcionários de "livre
nomeação" do governo não vieram com uma única ideia que pudesse merecer
o nome de ideia. Suas propostas demoraram até a semana passada para
aparecer - e, quando enfim vieram, anunciaram coisas desconectadas com a
realidade ou entre si próprias, pequenas na percepção e nos objetivos,
incompreensíveis ou apenas tolas. Foram tirando ao acaso de uma sacola, e
jogando em cima do público, as miudezas que passaram por seu circuito
mental nestes dias de ira: mudar a distribuição de royalties do
petróleo, importar 10 000 médicos estrangeiros, punir a "corrupção
dolosa" como "crime hediondo" (Dilma, pelo jeito, imagina que possa
haver algum tipo de corrupção não dolosa), dar "mais recursos" para isso
ou aquilo, melhorar a "mobilidade urbana". É puro PAC.
• No jogo jogado, tudo isso quer
dizer três vezes zero. Numa hora dessas, eles vêm falar em royalties,
assunto técnico que exigirá meses ou anos para ser reformulado?
Importação de médicos? Só agora descobriram que faltam médicos no
serviço público por causa da miséria que lhes pagam? Só depois que o
povo foi para a rua perceberam que a corrupção é um crime abominável? Se
os que mais roubam estão dentro da máquina do governo, como acreditar
num mínimo de sinceridade nesse palavrório todo? A presidente e seu
entorno anunciaram medidas que só o Congresso pode aprovar. Outras
dependem do Judiciário, ou de estados e prefeituras. O que sobra é o fim
do resto.
• Os números apresentados até agora
não fazem nenhum sentido. Falou-se em aplicar "50 bilhões" de reais em
obras de "mobilidade urbana". Que raio quer dizer isso? Parece que se
trata de melhorar o transporte em metrô, trens e ônibus — mas não existe
a mais remota informação concreta sobre como fazer isso na prática,
nem onde, nem quando. Não foi uma providência de verdade: é apenas uma
cifra chutada e um amontoado de dúvidas. O trem-bala, por exemplo - será
que entra nessa conta? Há algum projeto de engenharia pronto para
alguma obra a ser feita? Alguém no governo sabe dizer onde estão os tais
"50 bilhões"? Não é surpresa que um grupinho de garotos do Movimento
Passe Livre tenha saído de um encontro com Dilma dizendo que ela é
"completamente despreparada" no assunto. Os números citados para a
saúde são igualmente desconexos: 7 bilhões de reais para "20 000"
unidades de atendimento médico. Quais unidades? Onde? Esses “7 bilhões",
se existissem, equivaleriam a 20% do que se estima que será gasto nas
obras para a Copa de 2014. Dá para entender? É a fé cega na Incapacidade
do povo brasileiro em fazer contas.
• A marca mais notável da defesa que
o governo fez de si próprio, durante estes dias de revolta, é que não
há uma defesa. Pedem que o povo reconheça as "transformações" que
fizeram no país. Quais? Após dez anos de governo popular do PT, o Brasil
está em 85° lugar no IDH — subiu apenas 5%; em todo esse tempo, e teve
crescimento praticamente nulo durante os anos Dilma. Isso ocorreu num
período de dramáticos avanços na renda de todos os países pobres: apenas
entre 2005 e 2011, 500 milhões de pessoas saíram da pobreza em todo o
mundo. O governo do petismo transformou o Brasil num país com 50 000
assassinatos por ano, e onde 75% da população não é capaz de entender
plenamente o que lê. A rede publica de saúde foi transformada num
monstro em que o cidadão pode esperar seis meses, ou um ano, por um
exame clínico, e pacientes aguardam atendimento jogados no chão de
hospitais, como se vivessem num país em guerra. A transformação do
sistema portuário criou um Brasil que não consegue embarcar o que produz
nem desembarcar o que compra lá fora. Conseguiram, até, transformar o
significado da palavra "corrupção", ao venderem a ideia de que qualquer
denúncia contra a roubalheira do governo é "moralismo", ou seja, o erro
é denunciar o erro.
• As ruas iradas de junho deixaram à
vista de todos um fato que muita gente já sabe, mas quase nunca é
mencionado: o ex-presidente Lula é um homem sem coragem. Líderes
corajosos jamais se escondem nas horas de dificuldade brava. Ao
contrario, vão para a frente, tomam posição nos lugares mais arriscados,
e assumem a luta em defesa do que acreditam. Não ficam escondidos na
população, fazendo seus pequenos cálculos para descobrir o lucro ou
prejuízo que teriam ao aceitar suas responsabilidades - pensam, apenas,
no seu dever moral, nos seus princípios e nos seus valores. Coragem é
isso - mas isso Lula não foi capaz de mostrar. Onde está ele? Na hora em
que o Brasil mais precisou de uma liderança em sua história recente, o
homem sumiu. Vive dizendo que não há no mundo ninguém que saiba, como
ele, subir no carro de som ou no palanque e "virar" qualquer situação
de massas. Na hora de agir, trancou-se na segurança do seu esconderijo. E
a "negociação" - na qual também se julga um ás incomparável, onde foi
parar? Para quem tem certeza de que negociou "a paz no Oriente Médio",
Lula teria de estar desde os primeiros momentos tratando de montar
algum tipo de negociação. Na vida real, limitou-se a cochichar com
subalternos, dar palpite e falar mal dos outros. Lula sempre fez questão
de achar “inimigos”. Pois achou, agora, todos os que poderia querer.
• Ficou claro que o governo está
errando há dez anos a avaliação que faz da imprensa livre. Confundiram
tudo: acharam que a internet, com a sua audiência sem limites, estava
anulando jornais e revistas, quando na verdade tem feito exatamente o
contrário: reproduz o que sai na imprensa para milhões de pessoas que
não leram o noticiário escrito. E agora? A internet mostrou-se um
multiplicador incontrolável do conteúdo da imprensa, e a mais poderosa
alavanca de notícias que jamais se viu no país. Vídeos amadores,
diversos deles falados em inglês com legendas em português e dirigidos
aos internautas do mundo todo, apresentaram denúncias devastadoras e
bem articuladas sobre a insânia governamental que levou o povo à rua. Em
apenas uma semana, de 14 a 21 de junho, um desses vídeos, entre
dezenas de outros, teve mais de 1,3 milhão de visualizações. Todas as
informações que estão ali foram tiradas da imprensa livre. O governo
não entendeu nada. Mas desta vez não teve como mentir: não conseguiu
dizer que as manifestações eram invenção da "imprensa de direita".
• Os descontentes de junho mostraram mais uma vez, como a Bíblia
nos diz em provérbios 16:18, que “a soberba vem antes da queda”. Nunca,
possivelmente, o Brasil esteve sob o comando de gente tão soberba
quanto Lula, Dilma e os barões do PT, e tão à vontade para exibir sua
arrogância. Estão levando, agora, o susto de suas vidas, ao descobrirem
que marquetagem, demagogia e exploração da ignorância não são mais
suficientes para desviar a atenção do povo para o desastre permanente
que causam ao país. Espantam-se que o povo faça contas - e se sinta
roubado com uma Copa do Mundo que pode acabar custando até 35 bilhões de
reais, mais do que as últimas três somadas. Espantam-se que as suas
esperanças de livrar da cadeia, com velhacaria jurídica, os mensaleiros
mais graúdos estejam desabando. Espantam-se ao saber que muita gente
está cada vez mais cheia de gastar cinco horas diárias para ir ao
trabalho e voltar para casa. Desafiaram o ensinamento básico de Abraham
Lincoln: "Pode-se enganar a todos durante algum tempo; pode-se enganar
alguns durante todo o tempo: mas não se pode enganar a todos durante o
tempo todo". Estão colhendo o que semearam.
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