Luiz Fernando Veríssimo continua rebelde. Aliás, quando sua
rebeldia escasseia ou diminui, ele vai a Paris recarregar suas baterias ideológicas,
reunindo-se no Quartier Latin ou em Montmartre com outros criptocomunistas, para
filosofar sobre o insucesso do COMUNISMO e do SOCIALISMO REAL e desfrutar um
bom vinho, feito de uvas de castas selecionadas, pois ninguém é de ferro; leva a
tiracolo seu saxofone para confraternizar com músicos e artistas “avançados”, as
belas noites da cidade luz. No retorno, depois de se empanturrar de FAISÃO e
PERU, volta arrotando JACU.
Nas edições dos primeiros dias de abril de 2012, dos Jornais
O Globo e Zero Hora, mais uma vez, descarrega sua repulsa ao segmento militar, agredindo
velhos soldados, segundo ele, pertencentes “ao Clube de
reformados das Forças Armadas contrários ao esclarecimento final do que houve
nos anos de rebeldia e repressão”, de quem “só se pode esperar bravatas
vazias”. Sobre as agressões sofridas por esses mesmos velhos soldados em
frente ao Clube Militar, no dia 29 de março, nenhuma palavra ou crítica; como
tantos ”intelectuais orgânicos engajados” sua “moeda democrática” só
tem uma face.
Manifesta, também no artigo, uma dúvida, sobre o que acham os
soldados de hoje, a respeito da instalação e do funcionamento da Comissão da
Verdade e o ”nível de insubordinação entre os da ativa”.
Como velho soldado asseguro-lhe que os jovens oficiais exercitam
as mesmas virtudes, por ele desconsideradas, dos seus antigos chefes, alguns
deles enaltecidos e cultuados no Panteão da Pátria: lutaram em Guararapes para
expulsar os invasores; participaram dos embates pela independência do país;
sufocaram inúmeras revoltas no período regencial, mantendo incólume o território
nacional; colaboraram para a erradicação da escravatura no país e lideraram os
acontecimentos para a implantação da República; sustentaram, ainda, Getúlio
Vargas na Revolução modernizadora de 1930 e sufocaram a Intentona Comunista de
1935 e a revolta Integralista de 1937.
Com a Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutaram e morreram
no Teatro de Operações da Itália, colaborando para derrotar o nazi-fascismo que
infernizava o mundo. Por último, e não
menos importante interveio no processo político em 1964, quando a sociedade
brasileira exigia inconformada que a baderna e o desgoverno tivessem um fim.
Colocaram, depois disso, o Brasil nos trilhos do
desenvolvimento e na senda da ordem e do progresso. Contaram para isso, com o incondicional apoio
da sociedade brasileira e dos governadores eleitos dos principais Estados da Federação,
entre eles, Minas Gerais, São Paulo, Guanabara e Rio Grande do Sul e muitos
outros.
Essas evidências o irritam e o tornam mais rebelde, quando é
obrigado a confrontar o pífio desempenho dos governos atuais, dos quais é
entusiasta, com as realizações em todos os campos do Poder Nacional, dos
governos militares. Naquela época, apesar das restrições naturais à liberdade
de determinados militantes, não havia a repartição do butim, como ocorre hoje.
E os mais velhos sabem disso.
Embora considerem a Comissão da Verdade inoportuna e com
vícios de origem, asseguro-lhe que os militares não são contra sua Instalação,
desde que ela, depois de passadas as naturais e compreensíveis disputas
sustentadas pelo viés ideológico, sem revanchismos e sem afrontar a Lei da Anistia,
venha a apurar, de forma isenta (de preferência integrada por historiadores sérios
e não engajados) todos os episódios de triste memória, cometidos pelos lados em
confronto.
O que não aceitam os militares é a estratégia urdida nas
coxias do ressentimento, preparada para achincalhar e responsabilizar somente o
EXÉRCITO INVICTO DE CAXIAS, uma das mais sérias Instituições deste país, objetivo
velado de elementos inconformados e sectários da velha esquerda, historicamente
impedidos de implantar no país regimes estranhos à nossa tradição, por esse
mesmo Exército.
O que não aceitam os militares é que os membros desta
COMISSÃO sejam indicados por indivíduos que participaram ativamente de
Organizações Terroristas violentas, responsáveis pela morte, em vários casos,
de cidadãos inocentes (civis e militares), quando explodiram, sequestraram, assaltaram,
assassinaram e roubaram estabelecimentos bancários, sem medir suas
consequências.
Não seria prudente para a pacificação dos espíritos e, com
certeza, um atestado de ingenuidade, entregar à raposa as chaves do galinheiro,
para decidir tema complexo, controverso e de natureza discutível.
O que teria a ganhar a maioria esmagadora dos brasileiros que
vivem hoje em uma nação pacificada e que desfruta os benefícios do regime democrático,
com atitudes e posturas que fomentam o ódio e a cizânia, insistindo em reabrir feridas
quase cicatrizadas.
Gen Bda Ref. Carlos Augusto Fernandes dos
Santos
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