segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Chefe nos Pampas
Cel José
Gobbo Ferreira
07/12/2003
Com pompa, circunstância, alegorias, plumas e paetês, foi
exumado o que sobrou do ex-presidente parvo-comunista Jango Goulart. O defunto
havia defuntado na frente de sua fiel companheira, devido a um ataque cardíaco
fulminante. Ela mesmo declarou isso várias vezes. No entanto, como ela poderia ter
confundido infarto com envenenamento, tendo em vista a perfeita semelhança dos
sintomas, decidiu-se exumá-lo.
Com a abissal incapacidade de fazer qualquer coisa que
preste, o governo bolivariano brasileiro dedica-se agora à caça aos defuntos. Freud
explica:
O grande timoneiro do bolivarianismo, Chávez, morreu
recentemente (será?). Mas, uma morte comum não seria digna desse avatar de
Bolívar. Então, ele começou a morrer em Cuba, ficou morrendo por algum tempo,
desmorreu e morreu de novo. Tiveram que embalsama-lo e pô-lo a ferros em um
ataúde para que parasse com essas presepadas.
O senhor Chávez, comunista como Jorge Amado, era leitor
assíduo dele. Elegeu Quincas Berro
D´água como seu herói e resolveu repetir
aquelas façanhas.
Eis, porém que, mesmo embalsamado, no está muerto quién pelea, como já disse Martín Fierro. E, não
podendo mais desfilar para baixo e para cima todo paramentado, o caudilho
assumiu a forma de um passarinho (da espécie “plumatus imbecilis”) e continua
dando conselhos a seu sucessor, devidamente maduro para recebe-los.
Impressionados pela vivacidade do defunto Chávez e decepcionados
com a inércia dos nossos, as atenções dos necrobolivarianos tupiniquins dirigiram-se
primeiro a Juscelino, que morreu em um acidente rodoviário. A ideia era exumar
Juscelino, o motorista e o carro. Este último não pode ser encontrado e o projeto
foi abortado.
Mas Jango não escapou. De acordo com palavras de seu filho,
foi montada uma equipe internacional, com a presença de um legista da família.
Usaram os mais sofisticados procedimentos para a análise. E acharam provas! Não
as que esperavam, mas a prova que esse governo que aí está é a fauna mais retardada
que já habitou o planalto central (talvez o próprio planeta, mas isso está fora
de meu alcance afirmar). O próprio Darwin reveria sua lei da evolução se
tivesse conhecido esses espécimes.
Aconselho aos amigos que jamais corram o risco de dizer a um
macaco que aquelas criaturas são descendentes dele. Macacos são muito perigosos
quando se enfurecem.
Restam perguntas melancólicas: Quanto custou isso tudo? E,
com a inocência de um Arcanjo: Quem pagará a conta?
Mas quando a idiotice ultrapassa certos limites, dá
oportunidade a que atitudes sensatas sejam tomadas: Na cerimônia de reenterro,
um Chefe militar, o General Carlos Bolivar Goellner soltou a voz que o Exército
não ouvia há longo tempo.
Comandante Militar do Sul, enfrentou a tentativa de
reescritura da história e negou qualquer erro histórico. Regulamento embaixo do
braço, mostrou que honras fúnebres são um preceito regulamentar, estão no
regimento das Forças Armadas e que o Comando do Exército é a autoridade
competente para determina-las. São prestadas ao cargo de Presidente. No caso, foram prestadas a um ex-presidente
perturbado em seu repouso pela imbecilidade da corte, e não à pessoa do Sr. Jango.
Deixou bem claro que as honras fúnebres não representavam um
pedido de desculpas à família de Jango, pois o Exército não lhes deve desculpa
alguma, muito pelo contrário.
E continuou: “Não há nenhum erro histórico. A história não
comete erros. Não se deve fazer nenhuma ilação sobre isso”.
Foi extremamente feliz ao dizer que o evento é apenas um ato
de serviço trivial para a tropa, como seria patrulhar o Morro do Alemão ou a
ajuda a pessoas em estado de calamidade. Nas Forças Armadas, a missão é dada
por quem de direito e cumprida por quem a recebe. Simples assim.
“Não há nenhuma modificação para a instituição do Exército
brasileiro. As instituições não mudam com a história. Podem mudar as pessoas,
mas não houve qualquer modificação (na instituição), nenhuma”. Traduzindo: O Exército
de hoje é o mesmo de ontem e de amanhã: O Exército de Caxias!
A pergunta mais capciosa foi sobre a decisão de exumar o
presidente pré-bolivariano. E a resposta foi precisa, dando a César o que é de
César: “Isso não tem nada a ver conosco, não há nenhuma interferência ou
posicionamento nosso. Cabe à família e às pessoas competentes determinarem esse
ato.”
O PT se supera e exulta
a cada vez que comete uma imbecilidade maior que a anterior. Essa foi um passo
à frente. Tem a cara dele. Seria uma injustiça negar-lhe os créditos por mais essa
idiotice. E o General foi bastante criterioso nesse ponto.
Nós, do grupo Monte Castelo, uma das Chapas que concorrerão
às eleições do Clube Militar em 2014, apresentamos armas ao General Carlos
Bolivar Goellner. Vemos nele o exemplo do Chefe de que o Exército se orgulha.
Chefes que estão começando a se sensibilizar com o estado da Pátria, malbaratada
pelos maus brasileiros de sempre.
Ouvindo essas verdades, a Sra. Maria do Rosário acusou o
golpe e teve um chilique. Mas nem leve isso em conta, meu General: um
“intelectual” de meu tempo dizia sempre que os
cães ladram, mas a caravana passa...
(Visite o site www.monte-castelo.org)
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO - O Estado de
S.Paulo - 01 Dez 2013
Finalmente se fez justiça no caso do
mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas
lutou com desprendimento. Eles estão presos ao lado de outros que se dedicaram a
encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público. Mais
melancólico ainda é ver pessoas que outrora se jogavam por ideais - mesmo que
controversos - erguerem os punhos como se vivessem uma situação revolucionária,
no mesmo instante em que juram fidelidade à Constituição. Onde está a revolução?
Gesticulam como se fossem Lenines que receberam dinheiro sujo, mas o usaram para
construir a "nova sociedade". Nada disso: apenas ajudaram a cimentar um bloco de
forças que vive da mercantilização da política e do uso do Estado para se
perpetuar no poder. De pouco serve a encenação farsesca, a não ser para
confortar quem a faz e enganar seus seguidores mais crédulos.
Basta de tanto
engodo. A condenação pelos crimes do
mensalão deu-se em plena vigência do Estado de Direito, num momento em que o
Executivo é exercido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), cujo governo indicou a
maioria dos ministros do Supremo. Não houve desrespeito às garantias legais dos
réus e ao devido processo legal. Então, por que a encenação? O significado é
claro: eleições à vista. É preciso mentir, autoenganar-se e repetir o mantra.
Não por acaso, a direção do PT amplifica a encenação e Lula diz que a melhor
resposta à condenação dos mensaleiros é reeleger Dilma Rousseff... Tem sido
sempre assim, desde a apropriação das políticas de proteção social até a ideia
esdrúxula de que a estabilização da economia se deveu ao governo do PT.
Esqueceram as palavras iradas que disseram contra o que hoje gabam e as
múltiplas ações que moveram no Supremo para derrubar as medidas saneadoras. O
que conta é a manutenção do poder.
Em toada semelhante,
o mago do ilusionismo fez coro. Aliás, neste caso, quem sabe, um lapso verbal
expressou sinceridade. "Estamos juntos", disse Lula. Assumiu meio de raspão sua
fatia de responsabilidade, ao menos em relação a companheiros a quem deve muito.
E ao País, o que dizer?
Reitero, escrevo tudo isso com
melancolia, não só porque não me apraz ver gente na cadeia, embora reconheça a
legalidade e a necessidade da decisão, mas principalmente porque tanto as ações
que levaram a tão infeliz desfecho como a cortina de mentiras que alimenta a
aura de heroicidade fazem parte de amplo processo de alienação que envolve a
sociedade brasileira. São muitos os
responsáveis por ela, não só os petistas. Poucos têm tido a compreensão do
alcance destruidor dos procedimentos que permitem reproduzir o bloco de poder
hegemônico; são menos numerosos ainda os que têm tido a coragem de gritar contra
essas práticas. É enorme o arco de alianças políticas no Congresso cujos membros
se beneficiam por pertencerem à "base aliada" de apoio ao governo. Calam-se
diante do mensalão e das demais transgressões, como se o "hegemonismo petista"
que os mantém fosse compatível com a democracia.. Que dizer, então, da parte da
elite empresarial que se ceva dos empréstimos públicos e emudece diante dos
malfeitos do petismo e de seus acólitos? Ou da outrora combativa liderança
sindical, hoje acomodada nas benesses do poder?
Nada há de novo no que escrevo. Muitos sabem que o rei está nu e poucos
bradam. Daí a descrença sobre a elite política reinante na opinião
pública mais esclarecida. Quando alguém dá o nome aos bois, como, no caso, o
ministro Joaquim Barbosa, que estruturou o processo e desnudou a corrupção,
teme-se que, ao deixar a presidência do STF, a onda moralizante dê marcha à ré.
É evidente, pois, a descrença nas instituições. A tal ponto que se crê mais nas
pessoas, sem perceber que por esse caminho voltaremos aos salvadores da Pátria.
São sinais alarmantes.
Os seguidores do
lulopetismo, por serem crédulos, talvez sejam menos responsáveis pela situação a
que chegamos do que os cínicos, os medrosos, os oportunistas, as elites
interesseiras que fingem não ver o que está à vista de todos. Que dizer, então,
das práticas políticas? Não dá mais! Estamos a ver as manobras preparatórias
para mais uma campanha eleitoral sob o signo do embuste. A candidata oficial, pela posição que ocupa, tem
cada ato multiplicado pelos meios de comunicação. Como o exercício do poder se
confundiu, na prática, com a campanha eleitoral, entramos já em período de
disputa. Disputa desigual, na qual só um lado fala e as oposições, mesmo que
berrem, não encontram eco. E sejamos francos: estamos berrando
pouco.
É preciso dizer com coragem,
simplicidade e de modo direto, como fizeram alguns ministros do Supremo, que a
democracia não se compagina com a corrupção nem com as distorções que levam ao
favorecimento dos amigos. Não estamos diante de um quadro eleitoral normal. A hegemonia de um partido que não consegue
deslindar-se de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros
e a impotência das oposições estão permitindo a montagem de um sistema de poder
que, se duradouro, acarretará riscos de regressão irreversível. Escudado
nos cofres públicos, o governo do PT abusa do crédito fácil que agrada não só
aos consumidores, mas, em volume muito maior, aos audaciosos que montam suas
estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei. A infiltração dos órgãos de Estado pela militância
ávida e por oportunistas que querem beneficiar-se do Estado distorce as práticas
republicanas.
Tudo isso é arquissabido. Falta dar um
basta aos desmandos, processo que, numa democracia, só tem um caminho: as urnas.
É preciso desfazer na consciência popular, com sinceridade e clareza, o manto de
ilusões com que o lulopetismo vendeu seu peixe. Com a palavra as oposições e quem mais tenha
consciência dos perigos que corremos.
* SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
O MARXISMO NO PENSAMENTO BRASILEIRO
Nota do Blog:
Este texto é uma conclusão do Trabalho de
* Sérgio Paulo Muniz Costa
Se houver interesse acesse o endereço abaixo para ler o artigo completo:
A parcela mais atuante da esquerda marxista no pensamento brasileiro desde os anos 50, deixou de ser leninista e em seguida comunista, mas nem por isso, menos revolucionária. Com o tempo, foi ela que constituiu a verdadeira intelligentsia de esquerda no País, absorvendo as facções e dissensões desesperançadas pelo fracasso da luta armada e pelo colapso da URSS.
A extensão de sua influência no pensamento brasileiro não é pequena e pode ser avaliada pela consecução de muitas das teses esposadas há sessenta anos, que vão desde a “questão do negro” à estruturação do “Ministério da Defesa Nacional”. Paradoxalmente, é a própria limitação da educação e do conhecimento no País que faz com que essa grande influência não signifique mais poder efetivo.
Há uma parcela do pensamento brasileiro que refuta a influência marxista, os mais notórios são ex-marxistas desencantados e, alguns, indignados, com o que lhes foi imposto. Há também aqueles que, por razões e caminhos diversos, construíram carreiras intelectuais independentes do meio universitário controlado pelo pensamento marxista. Destes, o mais notório foi Gilberto Freyre, o verdadeiro fundador da sociologia brasileira.
Mas há uma parte expressiva da sociedade brasileira, como na maioria das sociedades, que não pensa o País. Numa simplificação útil aos propósitos deste ensaio em avaliar a influência do marxismo no pensamento brasileiro, pode-se dizer que essa maioria da população sente e faz o País, não se impressionando muito com o discurso dos intelectuais e se posicionando de forma pragmática e reticente em relação à sua prática politica. O marxismo no pensamento nacional é assim mais uma pressão de cúpula, exercida por intermédio dos muitos operadores marxizados que proliferam nas elites politica, econômica, jurídica e cultural, do que um fator de pressão de base apto a mobilizar massas para o projeto revolucionário.
O significado maior da ambição dos intelectuais marxistas em controlarem o pensamento nacional e a sua resultante política pode ser extraído da constatação de que a maioria da população brasileira se depara hoje com um aspecto da realidade nacional que a afeta diretamente e para a qual não existe fórmula intelectual de justificação. E é quanto a esse aspecto crucial que poderá se concluir pela derrota dos intelectuais, mais do que pelo seu silêncio diante do vazio moral que se instalou na política nacional: não há justiça onde os intelectuais falham.
* Historiador, é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
sábado, 26 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
A Verdade: eu menti
A JORNALISTA MIRIAN
MACEDO REVELA QUE FOI TERRORISTA NA JUVENTUDE, FOI PRESA E MENTIU
DURANTE 30 ANOS QUE FOI TORTURADA. A JORNALISTA AFIRMA QUE O ATOR MÁRIO
LAGO ORDENAVA QUE TODOS MENTISSEM AO SAIR DA CADEIA E DECLARASSEM QUE
QUE FORAM BARBARAMENTE TORTURADOS. LEIAM "EU MENTI"
A verdade: eu menti
Mirian Macedo
Eu, de minha parte, vou dar uma contribuição à Comissão da
Verdade. Fui uma subversivazinha medíocre, mal fui aliciada e já caí,
com as mãos cheias de material comprometedor. Não tive nem o cuidado de
esconder os jornais da organização clandestina a que eu pertencia, eles
estavam no meio dos livros de uma estante, daquelas improvisadas, de
tijolos e tábuas, que existia em todas as repúblicas de estudantes, em
Brasília naquele ano de 1973.
Repeti e escrevi a mentira de que tinha tomado choques elétricos (poucos, é verdade), que me interrogaram com luzes fortes, que me ameaçaram de estupro quando voltava à noite dos interrogatórios no DOI-CODI para o PIC e que eu ficavam ouvindo "gritos assombrosos" de outros presos sendo torturados (aconteceu uma única vez, por pouquíssimos segundos: ouvi gritos e alguém me disse que era minha irmã sendo torturada. Os gritos cessaram - achei, depois, que fosse gravação - e minha irmã, que também tinha sido presa, não teve um único fio de cabelo tocado).
Eu menti dizendo que meus algozes diversas vezes se
divertiam jogando-me escada abaixo, e, quando eu achava que ia rolar
pelos degraus, alguém me amparava (inventei um trauma de escadas",
imagina). A verdade: certa vez, ao descer as escadas até a garagem no
subsolo, alguém me desequilibrou e outro me segurou, antes que eu
caísse.
Que teve gente que padeceu, é claro que teve.
Mas alguém acha que todos nós que saíamos da cadeia contando que
tínhamos sido barbaramente torturados falávamos a verdade?
Não, não é verdade. Noventa e nove por cento
das barbaridades e torturas eram pura mentira! Por Deus, nós sabemos
disto! Ninguém apresentava a marca de um beliscão no corpo. Éramos
barbaramente torturados e ninguém tinha uma única mancha roxa para
mostrar! Sei, técnica do torturadores. Não, técnica de torturado, ou
seja, mentira.
Mário Lago, comunista até a morte, ensinava:
"quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre." A pior coisa
que podia nos acontecer naqueles "anos de chumbo" era não ser preso.
Como assim, todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo,
demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao
regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado,
então! Mártires, heróis, cabras bons.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
CRIMINOSOS À SOLTA
Gen Clovis Purper Bandeira
As manifestações[1][1]
de professores em greve, apoiados por outros profissionais e
manifestantes profissionais – daqueles que são alugados na Cinelândia ou
na Rodoviária de Brasília para engrossarem o efetivo das manifestações –
vêm ocorrendo num crescente clima de violência e desrespeito aos
direitos fundamentais das pessoas, como o de ir e vir e o de
propriedade.
É natural que, em campanhas salariais, os sindicatos e demais
condutores das manifestações tendam a estimular a violência dos atos
reivindicatórios. Enquanto a violência é verbal, tudo bem. Essa, afinal,
é uma das maneiras mais tradicionais de expressão de uma multidão[2][2].
O que temos visto, porém, nas mais recentes ocorrências no Rio de
Janeiro e em São Paulo, é a participação de grupos anarquistas –
macaqueando seus congêneres europeus até na vestimenta – infiltrando-se
ou sendo admitidos permissivamente no seio da multidão. Passam, assim, a
utilizar as pessoas pacíficas, ou quase isso, como escudo em seu
enfrentamento com a polícia, consequente dos atos criminosos de
vandalismo que praticam sob a máscara do protesto político. Aos
anarquistas somam-se criminosos comuns, sem a desculpa política,
interessados em saquear a propriedade privada ou as instalações públicas
e roubar celulares, equipamentos eletrônicos, roupas etc.
Note-se também que, diferentemente do que ocorreu nas manifestações
espontâneas e apartidárias de junho, as atuais exibem bandeiras
anarquistas e de partidos de extrema esquerda, como PSOL e PSTU. Estas
mesmas agremiações dominam os sindicatos dos professores cariocas,
mantidos em greve há mais de dois meses, sob a complacência bovina do
Executivo, do Judiciário e, principalmente, dos pais dos alunos, que já
perderam o ano ou o semestre, pois não há como recuperar tanto tempo de
aulas nos dois meses que faltam para o fim do ano letivo.
Dominadas por extremistas políticos, as multidões perdem o senso da razão e passam a se comportar como turbas[3][3].
As turbas, descontroladas, apoiadas pela imprensa sensacionalista e por
pretensos “defensores de direitos humanos”, até mesmo por patrulheiros
da OAB, julgam-se donas da verdade e com o poder divino de impor sua
vontade a todos os demais, impedindo a livre circulação e querendo taxar
de criminosas as ações legítimas das forças defensoras da Lei e da
ordem. Estas, por sua vez, também cometem excessos não justificados, mas
daí a considerá-las espúrias e proibidas de cumprir sua missão, vai uma
grande distância.
Neste
ponto é que atuam profissionais da imprensa e advogados defensores dos
bandidos, que chegam ao absurdo de afirmarem que a presença da polícia
na rua é que provoca a violência dos marginais Black Blocs. Quer
dizer, então, que se polícia não aparecer os criminosos ficarão
envergonhados de suas ações e passarão a entoar músicas sacras e a
brincar de roda? Esses disparates são proferidos como se fossem verdades
científicas.
Quando
lemos que a OAB iria acompanhar as manifestações, ficamos satisfeitos.
Com certeza iriam orientar os policiais na condução de seus flagrantes e
no registro das ocorrências, evitando falhas que viessem a invalidar o
inquérito e, posteriormente, o processo criminal a que seriam submetidos
os bandidos. Ledo engano! A tropa de choque da OAB está lá para
garantir que os “direitos” dos bandidos sejam respeitados, enquanto os
direitos dos demais cidadãos de bem são vilipendiados por seus
“clientes”!
E
qual é o papel do Governo do Estado no problema? Limita ao máximo a
atuação da polícia, de olho na queda de popularidade – há sempre
eleições em vista, em todos os anos pares – que pensa advir da repressão
aos tumultos[4][4]
em andamento. Enquanto isso, parece esquecer os sofrimentos a que
submete a grande maioria da população, que é vítima dos excessos e atos
de banditismo cometidos ou acobertados pela turba.
O
tiro poderá sair-lhe pela culatra. A crise pode escalar a um ponto em
que não possa mais controlá-la, atingindo o ponto de distúrbio civil[5][5],
o que colocará em dúvida sua capacidade de liderança e sua vontade de
impor a obediência da Lei por todos, o que é seu dever inalienável. É
por esse motivo que, em termos de segurança pública, sua polícia possui o
monopólio da força, para impor a Lei. E, quando o estado for incapaz de
impor a Lei e a ordem, a União, por exigência constitucional, tem que
fazê-lo, decretando intervenção na área do estado, numa das situações
excepcionais previstas na Constituição (Art. 34 a 36 e 136 a 141).
Nos
últimos eventos é também preocupante o ressurgimento da “greve de
solidariedade”, tão comum nos idos de 1960, resultando em baderna nas
ruas centrais de São Paulo, em solidariedade aos manifestantes cariocas.
Tal coordenação grevista aponta para uma orientação supraestadual,
responsável pela amplificação dos protestos e, em grau máximo, sua
expansão pelo restante do país.
Aliás,
não é interessante que tais tumultos só ocorram em estados cujos
governos são de oposição ao governo federal? Por que não acontecem
também na Bahia, no Rio Grande do Sul? Não há reivindicações nos estados
governados pelos “companheiros”? Ou não há interesse dos promotores da
baderna, pertencentes à base política do governo federal, em tumultuar a
vida e a eleição desses “companheiros”? Parece-nos evidente a
orientação dos tumultos por parte de partidos da extrema esquerda,
parceiros do grande bloco de apoio comprado pelo PT ao longo dos últimos
anos de seus desgovernos, aliados aos sindicatos pelegos dominados por
esses mesmos partidários do “quanto pior, melhor”. Não nos estados
situacionistas, é claro.
Pensam
que o assunto está esgotado? Não se iludam, a criatividade nesse campo é
infinita. O SEPE, Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (RJ),
acaba de declarar que os Black Blocs são bem-vindos a suas
manifestações, como aliados na “luta”. Nas páginas dos jornais, já estão
expostas fotografias com linhas de marginais criminosos formando como
“comissão de frente” em passeata dos professores cariocas, que passaram,
em número crescente, a também usar roupas pretas em seus tumultos
políticos. Temos, agora, os Black Teachers!
Alegar
que todo o apoio é bem-vindo equivale a aceitar, da mesma maneira, o
apoio do Comando Vermelho (CV), dos Amigos dos Amigos (ADA), do Primeiro
Comando da Capital (PCC), da máfia e de outras associações criminosas
nacionais e internacionais, mas não querer ser tratado como devem ser
tratados esses aliados pelas autoridades.
Estaremos
criminalizando o legítimo movimento reivindicatório dos profissionais
da educação? De maneira alguma. Eles é que estão se criminalizando, ao
adotar como companheiros de viagem a escória criminosa da sociedade.
Dize-me com quem andas...
[1][1] Manifestação:
Demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou simpático a
determinada autoridade ou a alguma condição ou movimento econômico ou
social.
[2][2] Multidão:
Aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum. A formação
da multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome «nós» entre os
membros de uma aglomeração; assim, quando um membro de uma aglomeração
afirma - « nós estamos aqui para cultuar ... », « nós estamos aqui para
protestar ... » podemos também afirmar que a multidão está constituída e
não se trata mais de uma aglomeração.
3][3] Turba:
Multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob o estímulo de intensa
excitação ou agitação, perdem o senso da razão e respeito à Lei e
passam a obedecer a indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações
desatinadas.
[4][4] Tumulto:
Desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um
desígnio comum de realizar certo empreendimento, por meio de ação
planejada contra quem a elas se possa opor (o desrespeito à ordem, uma
perturbação da mesma por meio de ações ilegais, traduzidas numa
demonstração de natureza violenta ou turbulenta).
[5][5] Distúrbio interno ou civil:
Inquietação ou tensão civil que toma forma de manifestação. Situação
que surge dentro do país, decorrente de atos de violência ou desordem e
prejudicial à manutenção ou preservação da Lei e da ordem. Poderá provir
da ação de uma turba ou originar-se de um tumulto
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Universitário se recusa a fazer trabalho sobre Marx e escreve carta.
Um
estudante universitário de Santa Catarina se recusou a fazer um
trabalho sobre cientista político e economista alemão Karl Marx e
resolveu escrever uma carta ao professor do curso de Relações
Internacionais e divulgar o conteúdo na internet.
A
carta, segundo João Victor Gasparino da Silva, de 22 anos, foi uma
forma de protestar. "Queria uma universidade com o mesmo espaço
para todas as ideias e ideologias, sem proselitismo, sem
doutrinação", explicou. A Universidade do Vale do Itajaí
(Univali), na qual o jovem estuda, disse que não vai se pronunciar
sobre o assunto.
Segundo
João Victor, que estuda Relações Internacionais, o pedido do
professor foi para que os estudantes respondessem três questões
sobre a teoria de Marx. Ele contou que chegou a pensar em responder
de forma neutra, mas mudou de ideia. "Algo me segurava, nem
cheguei a considerar dar a minha opinião no trabalho. Até que veio
a ideia da carta", disse.
Conforme
o estudante, o protesto não foi contra o professor, mas foi uma
forma de demonstrar descontentamento em relação à academia. "Faz
tempo que estou indignado com o que vem acontecendo em nosso país.
Os meios acadêmicos e culturais cada vez mais fechados, os
intelectuais de direita cada vez mais lançados ao ostracismo.
Resolvi ser a voz de brasileiros que não encontravam espaço para se
manifestar, seja por falta de meios, seja pelo próprio medo",
disse.
Ao
escrever a carta, o estudante disse que já sabia que iria divulgar
na internet, não seria apenas destinada ao professor da disciplina.
"Uma amiga blogueira do Maranhão sugeriu divulgar na internet,
ela se encarregou disso. Se nosso país realmente tivesse um meio
acadêmico e cultural ideologicamente equilibrado, não seria tão
necessária esta carta", argumentou.
Confira
abaixo
a
íntegra
da
carta
Caro professor,
Caro professor,
Como
o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que
ele representa e representou na história da humanidade, sendo um
profundo exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre
ele por mais de meia hora. Aproveito através deste trabalho, não
para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas
para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas
ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando
sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos
ideais liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em
questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as próprias
palavras.
Me
é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia
nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio
Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental,
vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a
Constituição e destruir a democracia, sendo que foram estes os
meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como
defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos
disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas cujo
consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores
morais, destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras
coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da
revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista
está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução,
ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma
revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade,
moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o
poder. Fazem isso através da educação, o velho e ‘’bom’’
Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou
‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o
infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros
sofrem lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em
nosso país, os meios culturais, acadêmicos, midiáticos e
artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na
universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.
Agora
gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia
marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas,
todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os
seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS,
China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria
de falar sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de
visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático talvez
tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já
foram capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os
centros urbanos e transferiram toda a população para as zonas
rurais. As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a
25% da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos,
desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de
concentração no interior. Crianças também não escaparam,
separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias da
Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes
cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os
crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou
um pouco de água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar
óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os castigos e
formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência
estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e
apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a
baioneta contra um recém-nascido indefeso.
Bem,
com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu
repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante
de um mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são
ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade,
me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí
ainda, assombrando este mundo sofrido.
Para
concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa
a
juventude
e
dê-lhe
liberdade
sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado,
caro professor, pela compreensão.
Ass.:
João Victor Gasparino da Silva
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