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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Chefe nos Pampas



Cel José Gobbo Ferreira
07/12/2003
Com pompa, circunstância, alegorias, plumas e paetês, foi exumado o que sobrou do ex-presidente parvo-comunista Jango Goulart. O defunto havia defuntado na frente de sua fiel companheira, devido a um ataque cardíaco fulminante. Ela mesmo declarou isso várias vezes. No entanto, como ela poderia ter confundido infarto com envenenamento, tendo em vista a perfeita semelhança dos sintomas, decidiu-se exumá-lo.
Com a abissal incapacidade de fazer qualquer coisa que preste, o governo bolivariano brasileiro dedica-se agora à caça aos defuntos. Freud explica:
O grande timoneiro do bolivarianismo, Chávez, morreu recentemente (será?). Mas, uma morte comum não seria digna desse avatar de Bolívar. Então, ele começou a morrer em Cuba, ficou morrendo por algum tempo, desmorreu e morreu de novo. Tiveram que embalsama-lo e pô-lo a ferros em um ataúde para que parasse com essas presepadas.
O senhor Chávez, comunista como Jorge Amado, era leitor assíduo dele. Elegeu  Quincas Berro D´água como seu herói  e resolveu repetir aquelas façanhas.
Eis, porém que, mesmo embalsamado, no está muerto quién pelea, como já disse Martín Fierro. E, não podendo mais desfilar para baixo e para cima todo paramentado, o caudilho assumiu a forma de um passarinho (da espécie “plumatus imbecilis”) e continua dando conselhos a seu sucessor, devidamente  maduro para recebe-los.
Impressionados pela vivacidade do defunto Chávez e decepcionados com a inércia dos nossos, as atenções dos necrobolivarianos tupiniquins dirigiram-se primeiro a Juscelino, que morreu em um acidente rodoviário. A ideia era exumar Juscelino, o motorista e o carro. Este último não pode ser encontrado e o projeto foi abortado.
Mas Jango não escapou. De acordo com palavras de seu filho, foi montada uma equipe internacional, com a presença de um legista da família. Usaram os mais sofisticados procedimentos para a análise. E acharam provas! Não as que esperavam, mas a prova que esse governo que aí está é a fauna mais retardada que já habitou o planalto central (talvez o próprio planeta, mas isso está fora de meu alcance afirmar). O próprio Darwin reveria sua lei da evolução se tivesse conhecido esses espécimes.
Aconselho aos amigos que jamais corram o risco de dizer a um macaco que aquelas criaturas são descendentes dele. Macacos são muito perigosos quando se enfurecem.
Restam perguntas melancólicas: Quanto custou isso tudo? E, com a inocência de um Arcanjo: Quem pagará a conta?
Mas quando a idiotice ultrapassa certos limites, dá oportunidade a que atitudes sensatas sejam tomadas: Na cerimônia de reenterro, um Chefe militar, o General Carlos Bolivar Goellner soltou a voz que o Exército não ouvia há longo tempo.
Comandante Militar do Sul, enfrentou a tentativa de reescritura da história e negou qualquer erro histórico. Regulamento embaixo do braço, mostrou que honras fúnebres são um preceito regulamentar, estão no regimento das Forças Armadas e que o Comando do Exército é a autoridade competente para determina-las. São prestadas ao cargo de Presidente. No caso, foram prestadas a um ex-presidente perturbado em seu repouso pela imbecilidade da corte, e não à pessoa do Sr. Jango.
Deixou bem claro que as honras fúnebres não representavam um pedido de desculpas à família de Jango, pois o Exército não lhes deve desculpa alguma, muito pelo contrário.   
E continuou: “Não há nenhum erro histórico. A história não comete erros. Não se deve fazer nenhuma ilação sobre isso”.
Foi extremamente feliz ao dizer que o evento é apenas um ato de serviço trivial para a tropa, como seria patrulhar o Morro do Alemão ou a ajuda a pessoas em estado de calamidade. Nas Forças Armadas, a missão é dada por quem de direito e cumprida por quem a recebe. Simples assim.
“Não há nenhuma modificação para a instituição do Exército brasileiro. As instituições não mudam com a história. Podem mudar as pessoas, mas não houve qualquer modificação (na instituição), nenhuma”. Traduzindo: O Exército de hoje é o mesmo de ontem e de amanhã: O Exército de Caxias!
A pergunta mais capciosa foi sobre a decisão de exumar o presidente pré-bolivariano. E a resposta foi precisa, dando a César o que é de César: “Isso não tem nada a ver conosco, não há nenhuma interferência ou posicionamento nosso. Cabe à família e às pessoas competentes determinarem esse ato.”
 O PT se supera e exulta a cada vez que comete uma imbecilidade maior que a anterior. Essa foi um passo à frente. Tem a cara dele. Seria uma injustiça negar-lhe os créditos por mais essa idiotice. E o General foi bastante criterioso nesse ponto.
Nós, do grupo Monte Castelo, uma das Chapas que concorrerão às eleições do Clube Militar em 2014, apresentamos armas ao General Carlos Bolivar Goellner. Vemos nele o exemplo do Chefe de que o Exército se orgulha. Chefes que estão começando a se sensibilizar com o estado da Pátria, malbaratada pelos maus brasileiros de sempre.
Ouvindo essas verdades, a Sra. Maria do Rosário acusou o golpe e teve um chilique. Mas nem leve isso em conta, meu General: um “intelectual” de meu tempo dizia sempre que os cães ladram, mas a caravana passa...

(Visite o site www.monte-castelo.org)

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