Cel José
Gobbo Ferreira
07/12/2003
Com pompa, circunstância, alegorias, plumas e paetês, foi
exumado o que sobrou do ex-presidente parvo-comunista Jango Goulart. O defunto
havia defuntado na frente de sua fiel companheira, devido a um ataque cardíaco
fulminante. Ela mesmo declarou isso várias vezes. No entanto, como ela poderia ter
confundido infarto com envenenamento, tendo em vista a perfeita semelhança dos
sintomas, decidiu-se exumá-lo.
Com a abissal incapacidade de fazer qualquer coisa que
preste, o governo bolivariano brasileiro dedica-se agora à caça aos defuntos. Freud
explica:
O grande timoneiro do bolivarianismo, Chávez, morreu
recentemente (será?). Mas, uma morte comum não seria digna desse avatar de
Bolívar. Então, ele começou a morrer em Cuba, ficou morrendo por algum tempo,
desmorreu e morreu de novo. Tiveram que embalsama-lo e pô-lo a ferros em um
ataúde para que parasse com essas presepadas.
O senhor Chávez, comunista como Jorge Amado, era leitor
assíduo dele. Elegeu Quincas Berro
D´água como seu herói e resolveu repetir
aquelas façanhas.
Eis, porém que, mesmo embalsamado, no está muerto quién pelea, como já disse Martín Fierro. E, não
podendo mais desfilar para baixo e para cima todo paramentado, o caudilho
assumiu a forma de um passarinho (da espécie “plumatus imbecilis”) e continua
dando conselhos a seu sucessor, devidamente maduro para recebe-los.
Impressionados pela vivacidade do defunto Chávez e decepcionados
com a inércia dos nossos, as atenções dos necrobolivarianos tupiniquins dirigiram-se
primeiro a Juscelino, que morreu em um acidente rodoviário. A ideia era exumar
Juscelino, o motorista e o carro. Este último não pode ser encontrado e o projeto
foi abortado.
Mas Jango não escapou. De acordo com palavras de seu filho,
foi montada uma equipe internacional, com a presença de um legista da família.
Usaram os mais sofisticados procedimentos para a análise. E acharam provas! Não
as que esperavam, mas a prova que esse governo que aí está é a fauna mais retardada
que já habitou o planalto central (talvez o próprio planeta, mas isso está fora
de meu alcance afirmar). O próprio Darwin reveria sua lei da evolução se
tivesse conhecido esses espécimes.
Aconselho aos amigos que jamais corram o risco de dizer a um
macaco que aquelas criaturas são descendentes dele. Macacos são muito perigosos
quando se enfurecem.
Restam perguntas melancólicas: Quanto custou isso tudo? E,
com a inocência de um Arcanjo: Quem pagará a conta?
Mas quando a idiotice ultrapassa certos limites, dá
oportunidade a que atitudes sensatas sejam tomadas: Na cerimônia de reenterro,
um Chefe militar, o General Carlos Bolivar Goellner soltou a voz que o Exército
não ouvia há longo tempo.
Comandante Militar do Sul, enfrentou a tentativa de
reescritura da história e negou qualquer erro histórico. Regulamento embaixo do
braço, mostrou que honras fúnebres são um preceito regulamentar, estão no
regimento das Forças Armadas e que o Comando do Exército é a autoridade
competente para determina-las. São prestadas ao cargo de Presidente. No caso, foram prestadas a um ex-presidente
perturbado em seu repouso pela imbecilidade da corte, e não à pessoa do Sr. Jango.
Deixou bem claro que as honras fúnebres não representavam um
pedido de desculpas à família de Jango, pois o Exército não lhes deve desculpa
alguma, muito pelo contrário.
E continuou: “Não há nenhum erro histórico. A história não
comete erros. Não se deve fazer nenhuma ilação sobre isso”.
Foi extremamente feliz ao dizer que o evento é apenas um ato
de serviço trivial para a tropa, como seria patrulhar o Morro do Alemão ou a
ajuda a pessoas em estado de calamidade. Nas Forças Armadas, a missão é dada
por quem de direito e cumprida por quem a recebe. Simples assim.
“Não há nenhuma modificação para a instituição do Exército
brasileiro. As instituições não mudam com a história. Podem mudar as pessoas,
mas não houve qualquer modificação (na instituição), nenhuma”. Traduzindo: O Exército
de hoje é o mesmo de ontem e de amanhã: O Exército de Caxias!
A pergunta mais capciosa foi sobre a decisão de exumar o
presidente pré-bolivariano. E a resposta foi precisa, dando a César o que é de
César: “Isso não tem nada a ver conosco, não há nenhuma interferência ou
posicionamento nosso. Cabe à família e às pessoas competentes determinarem esse
ato.”
O PT se supera e exulta
a cada vez que comete uma imbecilidade maior que a anterior. Essa foi um passo
à frente. Tem a cara dele. Seria uma injustiça negar-lhe os créditos por mais essa
idiotice. E o General foi bastante criterioso nesse ponto.
Nós, do grupo Monte Castelo, uma das Chapas que concorrerão
às eleições do Clube Militar em 2014, apresentamos armas ao General Carlos
Bolivar Goellner. Vemos nele o exemplo do Chefe de que o Exército se orgulha.
Chefes que estão começando a se sensibilizar com o estado da Pátria, malbaratada
pelos maus brasileiros de sempre.
Ouvindo essas verdades, a Sra. Maria do Rosário acusou o
golpe e teve um chilique. Mas nem leve isso em conta, meu General: um
“intelectual” de meu tempo dizia sempre que os
cães ladram, mas a caravana passa...
(Visite o site www.monte-castelo.org)
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