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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Revolução na Islândia

Amigos, para chegar a esse ponto tem que haver muita educação formal , política, determinação e honestidade! Além do mais as pessoas tem que se enxergar como um só povo e uma só nação! Para nós ainda falta muito para esse estágio!
Mas é enorme a esperança que surge diante a tanta corrupção, da sáude que está doente, da escola limitada, nada é fiscalizado, a mídia e a imprensa pressionada e calada .
Foi e uma união para ter mais poder e distruir o nosso Rio de Janeiro e lutam para dominar todo país. Mas, eu acredito nos homens de Bem, Valorosos , Corajosos, que certamente marcarão uma nova era de amor e respeito ao próximo.

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICI-PANTES



Tema: 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro – RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta?
Abundância de inexistência...
Exagero de escassez...
Contraditórios?
Então aí está!
O novo nome do nosso país!
Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira. '
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir.
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade.
Uma segue a outra...
Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito.
Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)...
Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra?
De que serve uma mãe que não afaga?
E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo.
Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil?
Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil?
Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel Vianna Silva, 26, estudante que termina Faculdade de Direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade.' A redação de Clarice intitulada 'Pátria Madrasta Vil', foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Blocos políticos estão nas ruas

Foi preciso que os blocos fossem à rua para que 2013 começasse. Não os carnavalescos que animaram milhões nas cidades brasileiras, mas os político-partidários que se apresentam para o grande pleito de 2014. Não seria de estranhar que a esquerda radical colocasse o seu também, mesmo recorrendo às fórmulas esgotadas que não cabem na realidade brasileira.
Na sua incapacidade de se reinventar como autora no jogo democrático, essa esquerda aposta na militarização da memória nacional. Aferrados a tempos e palavras distantes, ainda como "camaradas em armas", seus militantes incrustrados no poder insistem em reduzir o debate nacional à miserável dicotomia luta armada – repressão. Nada a estranhar, pois esse foi o seu campo e parece que vai continuar a ser.
Essa militarização sem militares é promovida pelos que premiam invasores e agressores, pelos que pretendem suprimir a liberdade de expressão e opinião, e principalmente, pelos que sempre detestaram o dissenso na sua volúpia da verdade única, do conhecimento único, da vontade única. Nada a estranhar também que esses mesmos não aceitem que algo estranho a seu credo seja ensinado numa sociedade que não conseguem enxergar múltipla, mas tão somente na totalidade que pretendem controlar.
O que causa estranheza é assistir grandes jogadores do jogo político e de opinião aceitarem participar dessa esquizofrenia que boa parte da esquerda já abandonou. Algumas questões sempre presentes no cenário brasileiro podem explicar isso.
A primeira é o desconhecimento na sociedade brasileira quanto ao papel e destinação das Forças Armadas. Tem-se como marca de competência das forças armadas a proficiência em combate, quando, na verdade, mais do que isso, a competência militar em questão é do país, que é medida pela sua capacidade de dissuadir conflitos, de vencê-los quando inevitáveis e, principalmente, de extrair da vitória a paz.
Forças armadas de grandes países desenvolvem hoje estratégias de preparo e emprego baseadas em capacidades e não em materializações do inimigo. Nem a hiperpotência ousa algo diferente. O critério é, portanto, político-militar, e a medida de competência é a prova histórica. O Brasil não é grande, coeso nacionalmente e relevante no cenário regional por acaso.
Isso é competência, de gerações. A segunda questão está na qualidade do revisionismo histórico que se pretende praticar no País. Ele é natural e necessário à evolução da sociedade. O que o valida é a coerência e fundamentação, e o marxista, tão conspícuo em nossa academia, costuma claudicar em ambos. Afinal, revoluções não fazem dirigentes depostos desaparecerem do país num passe de mágica, nem guerras acontecem sem mortos e desaparecidos, ambas formas de contabilização de baixas em qualquer conflito.
Parece que a campanha de 2014 realmente começou e a esquerda revolucionária colocou o bloco na rua com seu samba da mesma nota. Não aprendeu nada de novo e não é para ser levada a sério. O divertido é que agora ela quer ensinar.

Sérgio Paulo Muniz Costa é historiador